A eutanásia de cinco cavalos diagnosticados com Anemia Infecciosa Equina (AIE) em Pedra de Guaratiba, na região da Capoeira, provocou uma onda de indignação entre defensores dos direitos dos animais. A ação, realizada pela Secretaria da Agricultura, levantou questionamentos sobre a falta de alternativas e o impacto da decisão.
Moradores e ativistas se manifestaram contra o sacrifício dos equinos, destacando a necessidade de leis mais eficazes para a proteção desses animais. “Se fosse um cavalo agonizando e com fraturas múltiplas, não fariam a eutanásia no local, mas o submeteriam a um transporte doloroso para sacrificá-lo longe dos olhos da população”, criticou um internauta, expondo a contradição nas práticas adotadas.
A Anemia Infecciosa Equina é uma doença viral sem cura e altamente transmissível, o que leva as autoridades sanitárias a adotarem a eliminação dos animais infectados como forma de controle. No entanto, a ausência de informações sobre os responsáveis pelos cavalos e a falta de políticas mais humanizadas para lidar com casos como esse reforçam a revolta popular.
Para muitos defensores dos animais, a solução adotada foi drástica e pouco transparente. Especialistas ressaltam que, apesar da gravidade da doença, a execução da eutanásia deveria ser acompanhada de um maior debate sobre alternativas, como a criação de espaços de quarentena para o tratamento e isolamento dos equinos, reduzindo a necessidade de medidas extremas.
A polêmica reacende o debate sobre o tratamento dado a animais doentes no Brasil e a urgência de políticas públicas que priorizem o bem-estar animal. Organizações defensoras da causa animal cobram um posicionamento mais humanizado das autoridades, além de uma revisão das normativas que regem a eutanásia de equinos.
O caso em Pedra de Guaratiba reforça a necessidade de um diálogo mais amplo sobre a forma como os animais são tratados diante de doenças graves. A esperança dos ativistas é que essa mobilização sirva de estopim para mudanças que garantam soluções mais justas e humanizadas, equilibrando o controle sanitário com o respeito à vida animal.