Uma mulher foi presa em flagrante nesta terça-feira (25), em Rio das Ostras, na Região dos Lagos, suspeita de agredir até a morte seu filho adotivo, Samuel de Abreu, de apenas 7 anos. O caso chocou a população e levanta questões sobre a segurança e o bem-estar de crianças em situação de vulnerabilidade.
Segundo informações da Polícia Civil, Samuel deu entrada em uma unidade de saúde local com diversos ferimentos pelo corpo e sinais evidentes de agressão. A equipe médica tentou reanimar a criança, mas ele não resistiu às lesões. Diante do quadro apresentado, os profissionais acionaram imediatamente as autoridades, que iniciaram uma investigação.
As primeiras apurações revelaram que Samuel já sofria maus-tratos anteriormente. A análise de relatórios médicos e depoimentos apontam que ele era frequentemente submetido a agressões físicas. Testemunhas relataram que vizinhos escutavam gritos vindos da casa onde a criança vivia com a mãe adotiva, mas muitos tinham medo de denunciar.
O caso ganha contornos ainda mais trágicos quando se descobre que Samuel também teria sido vítima de maus-tratos da própria mãe biológica antes de ser entregue à adoção. De acordo com as autoridades, a criança foi retirada da guarda da genitora devido às constantes agressões que sofria e entregue à mulher que, agora, está presa pela sua morte.
A delegacia responsável pelo caso informou que a mãe adotiva foi detida em flagrante e responderá por homicídio qualificado e maus-tratos. O delegado encarregado destacou que o crime apresenta indícios de tortura, o que pode agravar ainda mais a pena. “Este é um caso de extrema gravidade. Estamos reunindo provas para entender toda a dinâmica dos fatos e garantir que a responsável pague pelo que fez”, afirmou.
O Conselho Tutelar de Rio das Ostras lamentou o ocorrido e reforçou a importância da denúncia em casos de violência contra crianças. “Se houvesse uma intervenção mais rápida, talvez Samuel ainda estivesse vivo. Precisamos que a sociedade fique atenta a sinais de maus-tratos e denuncie sempre que houver suspeitas”, declarou um representante do órgão.
A população local está revoltada com o crime e diversas manifestações de indignação tomaram as redes sociais. Moradores de Rio das Ostras cobram uma investigação rigorosa e justiça para o menino. “É inaceitável que uma criança que já sofreu tanto ainda tenha sido brutalmente assassinada por quem deveria protegê-la”, comentou uma internauta.
As investigações seguem em andamento para determinar se outras pessoas podem estar envolvidas no crime ou se houve negligência por parte de órgãos responsáveis pela adoção e acompanhamento da criança. O corpo de Samuel foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames complementares, que ajudarão a esclarecer a causa exata da morte.
A polícia reforça que qualquer pessoa que tenha informações sobre o caso ou queira denunciar situações semelhantes pode entrar em contato pelo Disque Denúncia, garantindo o anonimato. Casos como esse reforçam a necessidade de um olhar mais atento para a proteção de crianças em situação de risco.



