São Gonçalo, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, foi palco de mais um crime brutal que chocou moradores e reacendeu o alerta sobre a violência doméstica e familiar. Elisabete Soares, de 52 anos, morreu na última terça-feira (5) após ser agredida e queimada viva pelo ex-genro dentro de sua própria casa. O crime, que aconteceu no domingo (3), revoltou familiares e vizinhos da vítima, que pedem justiça e a prisão imediata do responsável.
Segundo relatos, o agressor, que já tinha histórico de comportamento violento, invadiu a residência de Elisabete, localizada em um bairro de São Gonçalo, e iniciou uma série de agressões físicas contra ela. Mesmo após os pedidos desesperados da vítima por socorro, ele continuou com a brutalidade e, em um ato de extrema crueldade, ateou fogo no corpo de Elisabete antes de fugir do local.
Familiares relataram que o homem, identificado como ex-companheiro da filha de Elisabete, não aceitava o fim do relacionamento e vinha ameaçando a ex-sogra e a própria filha há algum tempo. As ameaças, infelizmente, evoluíram para a violência extrema, culminando na morte trágica de Elisabete.
Após o ataque, vizinhos e familiares acionaram o socorro. Elisabete foi levada em estado gravíssimo para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), referência na região para casos de alta complexidade. Os médicos lutaram para salvar sua vida, mas as queimaduras extensas e a gravidade das agressões foram fatais. Ela faleceu na terça-feira (5), deixando amigos e parentes inconsoláveis.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) assumiu as investigações do caso. Agentes já colheram depoimentos de familiares, testemunhas e vizinhos, que relataram o histórico de ameaças feitas pelo agressor. Imagens de câmeras de segurança da região também estão sendo analisadas para auxiliar na localização do criminoso, que continua foragido.
O caso trouxe à tona o debate sobre a necessidade de maior proteção às mulheres e suas famílias em situações de ameaça e violência doméstica. Movimentos feministas e coletivos de direitos humanos cobram das autoridades uma resposta rápida e firme para evitar que casos como esse continuem acontecendo.
Elisabete Soares agora se torna mais uma vítima fatal de uma sociedade que ainda luta para proteger suas mulheres da violência. Sua história é uma lembrança dolorosa de que o feminicídio é uma realidade cruel, que precisa ser combatida com urgência.
Quem tiver informações sobre o paradeiro do acusado pode entrar em contato com o Disque-Denúncia pelo telefone 2253-1177. O anonimato é garantido.