Um crime que choca o Rio de Janeiro. O policial civil assassinado recentemente era marido da juíza responsável pela condenação de Fabiano Atanázio da Silva, o “FB”, uma das principais lideranças do Comando Vermelho. O criminoso foi condenado a quase 200 anos de prisão por comandar o ataque que resultou na derrubada de um helicóptero da Polícia Militar no Morro dos Macacos, na Zona Norte do Rio.
O caso ganha ainda mais repercussão devido à conexão direta entre a vítima e um dos processos mais emblemáticos da segurança pública do estado. O helicóptero da PM foi abatido em 2009, em uma guerra entre facções criminosas. Na época, o Morro dos Macacos era dominado pela facção Amigos dos Amigos (ADA), rival do Comando Vermelho. O episódio marcou a história da violência no Rio, resultando na morte de policiais e um grande cerco das forças de segurança à comunidade.
O policial civil morto atuava há anos no combate ao crime organizado e pode ter sido alvo de uma retaliação. Autoridades ainda investigam as circunstâncias do crime, buscando identificar os responsáveis pelo assassinato. Não está descartada a hipótese de uma execução planejada.
O enterro do policial acontece hoje, terça-feira, 1º de abril de 2025. Familiares, amigos e colegas de farda prestam as últimas homenagens a um profissional que dedicou sua vida à segurança da população. A presença de diversas autoridades e membros da segurança pública é esperada na cerimônia, que ocorre sob forte esquema de segurança.
O caso reacende o debate sobre a segurança de agentes públicos que atuam na linha de frente contra o crime organizado, principalmente aqueles envolvidos em grandes operações ou decisões judiciais de alto impacto. O assassinato do policial civil levanta questões sobre a eficácia das medidas protetivas para juízes, promotores e agentes de segurança que lidam diretamente com o combate ao tráfico e ao crime organizado.
A polícia segue investigando o caso e promete uma resposta rápida para esclarecer os detalhes do crime. Enquanto isso, o clima de comoção e indignação toma conta da categoria e da população, que cobra mais segurança e justiça.



