Um caso chocante envolvendo a morte de um cão da raça Spitz Alemão, chamado Eros, tem gerado comoção e revolta em Praia Grande, litoral de São Paulo. O animal faleceu no dia 22 de março de 2025, após passar por um procedimento de banho e tosa em um pet shop localizado dentro de uma unidade da rede Cobasi. O tutor, Jefferson Alexandre Marchioli, acusa o estabelecimento de negligência.
Segundo Jefferson, Eros foi entregue de volta com sinais claros de exaustão extrema e uma temperatura corporal alarmante de 42,8ºC, um quadro grave de hipertermia. O tutor descreveu a situação como um verdadeiro “torramento”, sugerindo que o cão teria sido exposto a condições extremamente quentes e inadequadas durante o atendimento.
Desesperado com o estado do animal, Jefferson buscou socorro emergencial, mas infelizmente Eros não resistiu e morreu horas depois. O diagnóstico veterinário apontou, entre outros sinais de sofrimento, sangramento na boca, o que pode ter sido causado pelo estresse e pela dor intensa enfrentados pelo animal.
Outro ponto que revoltou os tutores foi a forma como a situação foi tratada pelos funcionários do pet shop. Segundo Jefferson, houve falta de sensibilidade e preparo diante da gravidade do caso, o que contribuiu ainda mais para a indignação dos donos e de defensores da causa animal.
Em nota oficial, a Cobasi afirmou que está colaborando com as investigações conduzidas pelas autoridades locais e que vem acompanhando o caso de perto. A empresa declarou que o procedimento foi realizado com o consentimento e acompanhamento da tutora, e que, ao apresentar sinais de cansaço, o animal recebeu atendimento veterinário ainda na loja. A veterinária da PetAnjo, parceira da rede, teria acompanhado Eros até outra clínica especializada, onde o cão recebeu atendimento intensivo.
Ainda segundo a empresa, a Cobasi entrou em contato com os tutores após o falecimento para prestar apoio e está à disposição para esclarecer os fatos. No entanto, a dor da perda e as circunstâncias em que tudo ocorreu levantam questionamentos sobre os protocolos de segurança e o preparo das equipes responsáveis pelos atendimentos em pet shops de grandes redes.
O caso segue sob apuração pelas autoridades locais, e a família de Eros espera por justiça e responsabilização. A tragédia reacende o alerta sobre os cuidados necessários com os animais durante serviços estéticos e o dever de vigilância e responsabilidade dos estabelecimentos que oferecem esse tipo de serviço.