Uma tragédia marcou o fim de semana em Barra Mansa, no Sul Fluminense. Sônia Maria Benício da Costa, de 75 anos, perdeu a vida de forma brutal após ser atacada por um cachorro da raça pitbull na tarde deste domingo (20/04), no bairro Mangueira, região Leste da cidade. A idosa havia ido visitar a irmã, que enfrenta sérios problemas de saúde, quando foi surpreendida pelo animal.
Segundo testemunhas, o pitbull — que não pertencia à vítima — atacou Sônia com extrema violência dentro da residência. A idosa ainda foi arrastada pelo cão até a parte externa da casa, onde não resistiu aos ferimentos e morreu antes da chegada do socorro. O corpo foi removido e levado para o Instituto Médico Legal (IML), e o cão foi recolhido pelo Centro Integrado de Recolhimento, Assistência e Controle de Animais (CIRAC) de Barra Mansa.
O caso foi registrado na 90ª Delegacia de Polícia, que vai investigar as circunstâncias do ataque. A Polícia Civil também deve apurar a responsabilidade dos tutores do animal, já que ele estava aparentemente solto no momento da tragédia.
O velório de Dona Sônia aconteceu na manhã desta segunda-feira (21/04), no Cemitério Portal da Saudade, em Volta Redonda. O sepultamento foi marcado para as 10h30, sob forte comoção de familiares e amigos. Nas redes sociais, muitos manifestaram pesar e revolta pela forma como tudo aconteceu.
A morte de Sônia reacende um debate polêmico e urgente sobre a criação de cães da raça pitbull. De um lado, defensores afirmam que o comportamento agressivo não é uma característica da raça, mas sim resultado de criação negligente, maus-tratos ou falta de adestramento. Do outro lado, parte da população cobra leis mais rígidas para a posse de cães dessa raça, argumentando que os constantes casos de ataques demonstram a necessidade de maior controle.
O número crescente de pitbulls abandonados nas ruas também é motivo de preocupação. Muitos desses animais, criados sem os cuidados adequados, acabam se tornando uma ameaça, principalmente para idosos e crianças. Em vários estados brasileiros, já existem leis que exigem o uso de focinheira e guia curta em locais públicos, mas a fiscalização ainda é precária.
Enquanto as discussões se intensificam, uma família vive o luto de uma perda irreparável. Sônia Maria Benício da Costa será lembrada como uma mulher querida por todos que a conheciam. A comunidade cobra justiça, responsabilidade e ações mais efetivas para que tragédias como essa não se repitam.