A violência urbana fez mais uma vítima na noite desta quarta-feira (30/4), na Zona Norte do Rio de Janeiro. Um adolescente identificado como Gabriel dos Santos Vieira, de apenas 17 anos, foi morto a tiros no bairro Engenho da Rainha enquanto seguia para o trabalho. O jovem estava na garupa de uma moto por aplicativo quando foi surpreendido por um intenso tiroteio entre policiais militares e criminosos armados.
De acordo com as primeiras informações, Gabriel havia saído de casa com destino ao local onde trabalhava, como fazia diariamente. No trajeto, por volta do início da noite, a moto em que ele estava passou por uma área onde ocorria um confronto entre agentes da Polícia Militar e traficantes. No meio do fogo cruzado, o jovem foi atingido por diversos disparos nas costas.
Testemunhas relataram momentos de pânico e correria nas ruas próximas ao local do tiroteio. A moto em que Gabriel seguia acabou sendo atingida, e o rapaz caiu ferido. Infelizmente, ele não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. O condutor da motocicleta não ficou ferido.
Familiares e amigos de Gabriel estão inconsoláveis. Segundo pessoas próximas, o adolescente era trabalhador, dedicado e sonhava em ajudar a família financeiramente. “Ele só queria trabalhar e ser alguém na vida. Era um menino bom, cheio de sonhos”, disse uma tia da vítima, emocionada.
O caso gerou revolta entre moradores do Engenho da Rainha, que reclamam da constante presença de tiroteios na região. “A gente vive com medo. Nossos filhos não têm paz nem para ir trabalhar. Isso precisa acabar”, desabafou uma moradora.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e está investigando o caso. A Polícia Civil irá ouvir testemunhas, coletar imagens de câmeras de segurança e realizar a perícia balística para determinar de onde partiram os tiros que atingiram Gabriel. A principal linha de investigação é que o jovem tenha sido atingido durante a troca de tiros entre PMs e criminosos da área.
O corpo de Gabriel foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), e ainda não há informações sobre o velório e sepultamento.
Enquanto a investigação segue, mais uma família chora a perda de um jovem que tinha a vida inteira pela frente. A tragédia reforça o clamor por paz e segurança nas comunidades do Rio