Um plano terrorista que visava causar pânico e mortes durante o aguardado show da cantora Lady Gaga, marcado para a noite deste sábado (3) em Copacabana, foi desarticulado pela Polícia Civil. A ação rápida e precisa das autoridades impediu que o evento, que promete reunir milhares de pessoas na orla carioca, se transformasse em tragédia.
De acordo com as investigações, o ataque seria promovido por um grupo extremista que usaria explosivos improvisados e coquetéis molotov durante a apresentação. O idealizador do atentado, preso em flagrante no Rio Grande do Sul, descreveu a ação como um “desafio coletivo” nas redes sociais. O objetivo era conquistar notoriedade com o ato violento, que teria como principais alvos crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.
A operação, batizada de Fake Monster, mobilizou agentes de diversos estados e teve como foco neutralizar articulações digitais que representavam risco real à segurança pública. A prisão do principal suspeito ocorreu por porte ilegal de arma de fogo, mas ele também responderá por crimes graves, como associação criminosa, incitação ao crime e, possivelmente, terrorismo.
Durante a operação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em nove cidades: Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé (RJ); Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista (SP); São Sebastião do Caí (RS); e Campo Novo do Parecis (MT). Os alvos faziam parte de um grupo articulado por meio de plataformas digitais, com mensagens que incentivavam a violência e o ódio.
Nos locais vistoriados, os agentes apreenderam dispositivos eletrônicos, documentos, uma arma de fogo e outros materiais que ainda serão analisados pela perícia. Em Macaé, um dos investigados também demonstrava intenção de cometer atos extremos. Ele chegou a fazer ameaças contra uma criança, dizendo que a mataria ao vivo, numa tentativa de espalhar terror pelas redes sociais. Esse indivíduo deverá responder por terrorismo e incitação ao crime.
O delegado responsável pelo caso destacou que o trabalho de inteligência foi fundamental para evitar o pior. “Estamos lidando com uma nova forma de radicalização, impulsionada pelas redes sociais, onde indivíduos buscam fama e visibilidade por meio da violência. É um cenário que exige vigilância constante e ações coordenadas”, afirmou.
A Secretaria de Segurança Pública garantiu que o show de Lady Gaga contará com esquema especial de policiamento, reforçando a proteção do público e assegurando que o evento ocorra com tranquilidade. A cantora ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, mas fãs e autoridades celebram a ação da polícia, que evitou um possível massacre.
A investigação segue em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e aprofundar a análise dos conteúdos apreendidos. A Polícia Civil não descarta novas prisões nos próximos dias. A operação Fake Monster evidencia o papel crucial da ciberinteligência no combate a ameaças terroristas no Brasil.