Por Antigo Campo Grande
A cidade do Rio de Janeiro alcançou um marco importante no planejamento familiar em 2024: foram aplicados mais de 22 mil dispositivos intrauterinos (DIUs) na rede pública de saúde ao longo do ano. Com esse número, o município se tornou líder nacional na adoção do método contraceptivo, superando inclusive Estados como São Paulo, que registrou cerca de 14 mil aplicações.
O avanço é fruto de uma política pública estruturada, com foco na ampliação do acesso e da qualidade no atendimento à saúde da mulher. Um dos pilares dessa conquista foi o treinamento e a certificação de aproximadamente 300 profissionais da rede municipal, entre médicos e enfermeiros, que atuam nas clínicas da família e nos centros municipais de saúde. Eles foram capacitados para realizar o acolhimento, avaliação e a implantação do DIU nas pacientes.
Atualmente, o município oferece dois tipos de DIU: o modelo de cobre, amplamente utilizado e de longa duração, e o hormonal, uma inovação no Sistema Único de Saúde (SUS). O Rio é pioneiro na oferta do DIU hormonal na rede pública, ampliando o leque de opções para as mulheres e fortalecendo a autonomia feminina na escolha do método contraceptivo mais adequado.
Com uma eficácia de 99,8%, o DIU hormonal se aproxima da taxa de sucesso da laqueadura tubária, mas com a vantagem de ser reversível. Além disso, ele apresenta benefícios adicionais como a redução do fluxo menstrual e das cólicas, tornando-se uma alternativa atraente para muitas usuárias.
A iniciativa integra as ações da Secretaria Municipal de Saúde para promover o cuidado integral da mulher, com foco na prevenção de gestações não planejadas, redução de complicações obstétricas e ampliação do acesso a métodos modernos e seguros de contracepção.
Com essa liderança, o Rio de Janeiro não apenas se destaca em números, mas também como referência na humanização do atendimento, modernização dos serviços e garantia de direitos reprodutivos. O impacto positivo dessa política já começa a ser sentido por milhares de mulheres cariocas, que agora contam com mais segurança, informação e autonomia para decidir sobre o próprio corpo e o futuro de suas famílias.