Começa hoje, 7 de maio, no Vaticano, um dos eventos mais solenes e aguardados pela Igreja Católica: o conclave para a escolha do novo Papa. Após a morte do Papa Francisco, ocorrida recentemente, 133 cardeais com direito a voto se reúnem na Capela Sistina, dando início ao processo que elegerá o próximo líder espiritual de mais de 1,3 bilhão de católicos ao redor do mundo.
A eleição do novo pontífice exige ao menos 89 votos — uma maioria de dois terços entre os cardeais presentes. O conclave é realizado em absoluto sigilo, com todos os participantes jurando confidencialidade total sobre as deliberações internas. A Capela Sistina, célebre pelas obras de Michelangelo, será mais uma vez palco dessa escolha histórica, marcada por tradição, oração e expectativa global.
O processo pode se estender por até cinco dias. A cada dia, os cardeais realizam até quatro votações — duas pela manhã e duas à tarde. Após cada votação sem resultado definido, uma fumaça preta é emitida da chaminé instalada no telhado da Capela. Quando o novo Papa for escolhido, a fumaça branca surgirá, anunciando ao mundo que a Igreja tem um novo sucessor de Pedro.
Entre os nomes mais cotados para assumir o trono de São Pedro estão o cardeal italiano Pietro Parolin, atual secretário de Estado do Vaticano e figura influente nas relações diplomáticas da Santa Sé, e o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, conhecido por sua atuação pastoral próxima das comunidades e forte apelo entre os fiéis da Ásia.
A escolha do novo Papa poderá refletir os rumos que a Igreja pretende tomar nos próximos anos. Temas como inclusão, justiça social, escândalos internos e a missão da Igreja em um mundo cada vez mais secularizado devem pesar na decisão dos cardeais eleitores.
Enquanto o mundo aguarda o sinal da fumaça branca, milhões de fiéis se unem em oração, esperando por um líder que dê continuidade ao legado de Francisco, um Papa marcado por sua simplicidade, compromisso com os mais pobres e mensagens de misericórdia.
O conclave que se inicia hoje entra para a história como mais um momento decisivo da Igreja Católica — um ritual que une fé, tradição e responsabilidade global na escolha de um novo pastor para o rebanho de Cristo.