Uma operação da Receita Federal resultou na apreensão de um carregamento de ecstasy avaliado em aproximadamente R$ 600 mil nesta terça-feira (6), no Rio de Janeiro. A droga, que totaliza 3,8 quilos divididos em seis mil comprimidos, foi encontrada por agentes do órgão durante uma ação de fiscalização em uma transportadora da cidade.
Segundo as autoridades, o entorpecente estava escondido de forma engenhosa dentro de oito encomendas distintas. Para dificultar a identificação do conteúdo ilícito, os criminosos utilizaram espumas expansivas, cadernos e até colchões infláveis como disfarce. A criatividade dos traficantes, no entanto, não foi suficiente para enganar os agentes federais, que identificaram as irregularidades durante as inspeções de rotina com o apoio de sistemas de triagem e análise de risco.
O esquema de envio foi estruturado para atingir diferentes regiões do país. As encomendas tinham como destino os estados de Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal, o que indica a possível existência de uma rede de distribuição interestadual de drogas sintéticas.
A Receita Federal informou que o caso será encaminhado à Polícia Federal, que dará continuidade às investigações para identificar os remetentes, os destinatários e possíveis envolvidos na organização criminosa. A suspeita é de que se trate de um grupo com atuação nacional voltada ao tráfico de drogas sintéticas, especialmente o ecstasy, substância comumente usada em festas e ambientes noturnos.
A apreensão é mais uma demonstração dos esforços contínuos das autoridades para combater o tráfico de entorpecentes por meio do envio postal e de transportadoras, modalidade cada vez mais adotada por criminosos para tentar burlar a fiscalização. O uso de objetos aparentemente inofensivos como esconderijos, como cadernos e itens infláveis, mostra o grau de sofisticação das táticas empregadas por essas quadrilhas.
A Receita reforçou que continuará atuando com rigor nas ações de fiscalização e inteligência, especialmente em centros de triagem e empresas de transporte de cargas, para coibir esse tipo de crime. Casos como esse alertam para a importância da vigilância constante e da colaboração entre órgãos federais no enfrentamento ao tráfico de drogas no Brasil.
A população pode contribuir com denúncias anônimas através dos canais oficiais da Receita e da Polícia Federal.