Uma situação inusitada estaria movimentando os bastidores do Complexo da Penha, uma das áreas mais tensas e monitoradas do tráfico no Rio de Janeiro. Fontes próximas à comunidade afirmam que um dos chefes locais, conhecido como “Doca”, teria se envolvido em um relacionamento reservado com uma mulher trans, o que estaria gerando desconforto entre os próprios aliados do crime.
Segundo relatos de moradores e informações que circulam nos bastidores da facção, Doca, que também atende pelo apelido inusitado de “Bumbum Guloso”, teria buscado ajuda de outro traficante influente, conhecido como “Gadernal”, para intermediar um acordo com a mulher trans com quem teria se relacionado. O objetivo: evitar que o caso se tornasse público e ameaçasse sua reputação dentro da hierarquia do crime.
A movimentação causou alvoroço entre integrantes da facção, e o episódio já está sendo tratado como um possível fator de instabilidade entre lideranças da área. O receio principal, segundo fontes, é de que a imagem de Doca como figura de respeito dentro do tráfico seja abalada pela repercussão interna do caso — reflexo de um ambiente onde, infelizmente, ainda prevalecem visões machistas e preconceituosas.
A mulher trans envolvida na história, cuja identidade não foi revelada, teria relatado detalhes do encontro a pessoas próximas. A repercussão foi imediata, e, de acordo com boatos, teria chegado até mesmo às comunidades vizinhas, provocando desconforto entre os envolvidos.
Especialistas em segurança pública alertam para como a exposição desse tipo de situação pode gerar conflitos internos em facções, levando até a punições violentas entre os próprios membros, em um universo onde a imagem e o medo sustentam as relações de poder.
O caso traz à tona a contradição entre a realidade vivida por muitos moradores de favelas — marcada por diversidade, relações humanas complexas e afetos variados — e a cultura violenta e repressiva imposta por lideranças criminosas.
Até o momento, nenhuma autoridade comentou oficialmente o caso, e os nomes citados não constam em processos públicos recentes. No entanto, o clima dentro da Penha é de tensão crescente.