Uma revelação bombástica feita pelo secretário estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, acendeu o alerta sobre o avanço da criminalidade organizada no estado. Segundo o secretário, há inquéritos em andamento na Polícia Civil que indicam possíveis conexões entre o Comando Vermelho (CV) — maior facção criminosa do Rio — com a máfia italiana e quadrilhas dos Estados Unidos.
As investigações, conduzidas sob sigilo, apontam para um cenário cada vez mais complexo e internacionalizado do crime organizado. “Existem indícios robustos de colaboração entre facções brasileiras e organizações criminosas estrangeiras. Essa conexão ultrapassa fronteiras e representa um novo patamar de desafio para a segurança pública”, afirmou Santos, durante uma coletiva de imprensa.
De acordo com fontes ligadas à investigação, os vínculos envolvem principalmente o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e fornecimento de armamentos pesados. Em alguns casos, o CV estaria utilizando rotas controladas por grupos estrangeiros para facilitar a entrada de drogas e armas no Brasil. Em troca, ofereceria apoio logístico e distribuição interna no território nacional.
Especialistas em segurança pública alertam que essa aliança entre o Comando Vermelho e máfias internacionais pode transformar o Rio de Janeiro em uma base operacional estratégica para o crime organizado global. “Não se trata mais apenas de conflitos entre facções locais. Estamos lidando com um esquema que inclui cooperação com redes mafiosas transnacionais, o que exige um novo modelo de atuação do Estado”, explica o pesquisador em segurança e crime organizado, Rodrigo Silva.
Ainda segundo a Secretaria de Segurança, as autoridades federais já foram acionadas e trabalham em conjunto com a Polícia Civil para aprofundar as investigações. Cooperações internacionais também estão sendo consideradas, especialmente com autoridades italianas e norte-americanas.
O secretário Victor Santos destacou que o governo estadual está investindo na modernização do aparato policial e no fortalecimento da inteligência para enfrentar esse novo cenário. “A criminalidade evoluiu, e nós também precisamos evoluir. O combate ao crime agora passa por entender como essas redes funcionam em nível global”, concluiu.
Enquanto isso, a população segue convivendo com os reflexos da violência nas ruas, aguardando que o cerco às facções se intensifique. A conexão internacional do crime no Rio é um sinal claro de que a guerra contra o tráfico já não tem fronteiras.