A noite desta sexta-feira (9) foi marcada por uma tragédia na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Por volta das 19h, o policial rodoviário federal Carlos Máximo tirou a própria vida dentro de sua residência, localizada na Estrada da Posse, no bairro de Santíssimo.
Carlos, que era pai de dois filhos, estava enfrentando um grave quadro de depressão, segundo relatos de vizinhos e familiares. A situação chamou a atenção de colegas da corporação, que chegaram a ser acionados e tentaram socorrê-lo utilizando um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF), numa tentativa desesperada de salvá-lo. No entanto, infelizmente, ele já havia cometido o ato extremo antes da chegada da equipe.
Vizinhos relataram que nos últimos dias Carlos vinha demonstrando sinais claros de sofrimento emocional. “Ele estava muito abatido, isolado e bebendo bastante. Era visível que não estava bem”, contou uma moradora da região, que preferiu não se identificar. Ainda de acordo com relatos, o policial teria confidenciado à família que estava pensando em tirar a própria vida. Seus familiares, ao perceberem a gravidade da situação, correram até a casa dele, mas já era tarde demais.
A morte de Carlos Máximo gerou comoção entre colegas de farda e moradores da região. Nas redes sociais, diversos amigos e familiares prestaram homenagens e fizeram apelos por mais atenção à saúde mental dos profissionais da segurança pública, que lidam diariamente com situações de extremo estresse, pressão e risco de vida.
A tragédia também reacende um alerta urgente para a sociedade: depressão não é frescura. É uma doença séria, silenciosa e que pode atingir qualquer pessoa, independentemente da profissão, condição financeira ou ambiente familiar. Quando não tratada de forma adequada, pode ter consequências devastadoras.
Especialistas em saúde mental reforçam que é fundamental que sinais como isolamento, mudanças bruscas de comportamento, uso excessivo de álcool ou falas recorrentes sobre morte sejam levados a sério. O apoio da família, dos amigos e o acompanhamento psicológico podem fazer toda a diferença para quem está em sofrimento.
A Polícia Rodoviária Federal divulgou nota lamentando profundamente a perda do agente e prestando solidariedade à família. Também ressaltou que oferece apoio psicológico aos servidores e que vem desenvolvendo programas internos voltados para o bem-estar dos seus profissionais.
Este triste episódio é um lembrete duro, porém necessário, de que todos precisamos olhar com mais empatia para o próximo. Depressão não tem cara, não tem hora, e pode afetar até mesmo aqueles que dedicam a vida a proteger os outros.
Se você ou alguém que você conhece está enfrentando pensamentos de autodestruição, procure ajuda. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento gratuito, sigiloso e 24 horas pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br.