Na madrugada deste sábado, 17 de maio, a tranquilidade dos moradores da Rua Theofilo Cabral, no bairro Capelinha, em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, foi brutalmente interrompida por um ataque a tiros que chocou a comunidade local. Cinco pessoas foram baleadas durante a ação criminosa, entre elas duas crianças – uma de apenas 3 anos e outra de 8 – e uma mulher grávida. Dois homens também foram atingidos pelos disparos.
De acordo com informações da Polícia Militar e do boletim de ocorrência registrado, o ataque ocorreu por volta das 2h da manhã. Três homens encapuzados desceram a rua atirando de forma aleatória, sem qualquer tipo de aviso ou confronto prévio. O objetivo dos criminosos ainda é desconhecido, mas o pânico foi generalizado. Os disparos acordaram moradores, que se esconderam dentro de casa enquanto o terror tomava conta da rua.
As vítimas estavam na porta de casa ou próximas à rua quando foram atingidas. Segundo relatos de testemunhas, o clima era de desespero. “Parecia um filme de guerra. Acordei com o barulho dos tiros e só consegui me jogar no chão com meus filhos. A gente não sabia se ia sair vivo”, contou uma moradora que preferiu não se identificar.
Rapidamente, equipes de resgate foram acionadas e socorreram os feridos. Todos foram levados ao Hospital São José do Avaí, referência na região. De acordo com informações da unidade hospitalar, nenhuma das vítimas corre risco de vida, mas seguem internadas em observação devido à gravidade do ocorrido. A criança de 3 anos sofreu um ferimento superficial na perna, enquanto a de 8 anos foi atingida de raspão no braço. A grávida está estável e passa por avaliações constantes. Os dois homens também não correm risco de vida, mas seguem internados.
Diante da gravidade do ataque, a Polícia Militar intensificou o patrulhamento na região. Barreiras foram montadas em vias próximas e operações foram realizadas em bairros adjacentes, na tentativa de localizar os criminosos. No entanto, até o momento, ninguém foi preso.
A 143ª Delegacia de Polícia de Itaperuna assumiu a investigação do caso. Policiais civis estiveram no local ainda durante a madrugada e recolheram cápsulas de munição, além de ouvirem os primeiros depoimentos de testemunhas. Imagens de câmeras de segurança de imóveis da rua também estão sendo analisadas para tentar identificar os suspeitos.
A motivação do ataque ainda é um mistério. A linha inicial de investigação não descarta nenhuma hipótese: desde um possível acerto de contas até retaliação entre facções criminosas. A polícia apura se alguma das vítimas era alvo dos atiradores ou se todas foram atingidas de forma aleatória, como os relatos iniciais indicam.
A população do bairro Capelinha, por sua vez, vive o medo e a insegurança. Muitos moradores relatam que não conseguem dormir e temem novos ataques. “A gente não sabe mais o que fazer. Já pedimos mais policiamento outras vezes, mas nada muda. Agora atingiram até criança. Isso não pode continuar assim”, desabafou outro morador.
O caso reacende o debate sobre a crescente violência nas cidades do interior do Rio de Janeiro. Itaperuna, apesar de ser um importante polo regional, tem enfrentado nos últimos anos o aumento de ocorrências envolvendo crimes violentos. Moradores e lideranças comunitárias cobram ações mais efetivas por parte do poder público.
A Prefeitura de Itaperuna divulgou uma nota lamentando o ocorrido e informou que está em contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública para reforçar o policiamento na cidade. Também foram disponibilizados psicólogos da rede municipal para atender as vítimas e seus familiares.
Enquanto a investigação segue em curso, o que resta à população é a esperança de que os culpados sejam identificados e presos o quanto antes. O ataque que deixou cinco feridos, incluindo crianças e uma gestante, é mais um retrato alarmante da urgência de se discutir com seriedade a segurança pública nas pequenas e médias cidades fluminenses.
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