A guerra entre facções criminosas fez mais uma vítima na Zona Norte do Rio de Janeiro. Um traficante ligado ao Terceiro Comando Puro (TCP) foi morto no fim da noite desta segunda-feira (20) no Morro do Fubá, comunidade localizada no Campinho, bairro da Zona Norte carioca. Segundo informações preliminares, criminosos ligados ao Comando Vermelho (CV) invadiram parte do território rival e executaram o homem com requintes de crueldade.
Relatos de moradores e vídeos que circulam nas redes sociais apontam que o grupo do Comando Vermelho conseguiu capturar o rival durante uma investida violenta. Ele foi morto de forma brutal e, após a execução, os criminosos exibiram um fuzil que teria sido tomado da vítima — arma que agora estaria em posse do CV como símbolo de “troféu de guerra”.
A região tem sido palco de constantes confrontos entre as duas maiores facções do tráfico no estado. De acordo com moradores do Campinho, o clima foi de terror durante a noite. Tiros foram ouvidos por horas e diversas famílias se esconderam em casa, temendo serem atingidas por balas perdidas. “A gente não tem paz. Já é o segundo dia seguido que não dá pra dormir direito. Eles [traficantes] tomaram conta da comunidade”, contou uma moradora, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
O Morro do Fubá é uma área historicamente disputada por grupos criminosos. A Polícia Militar realizou patrulhamento na manhã desta terça-feira (21), mas até o momento ninguém foi preso. As investigações foram iniciadas pela Delegacia de Homicídios da Capital, que trabalha para identificar os autores e entender os detalhes da ação criminosa.
A Secretaria de Segurança Pública ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas fontes da polícia afirmam que há um alerta para a possibilidade de novas ofensivas nos próximos dias. A guerra entre facções tem provocado uma escalada na violência em diversas comunidades da Zona Norte, como Engenho da Rainha, Morro do Dezoito e Lins.
A população local pede por mais segurança e ações eficazes por parte do Estado. “Estamos vivendo uma guerra. E ninguém faz nada”, desabafa outro morador.
