A primeira convocação de Carlo Ancelotti como técnico da Seleção Brasileira marcou um momento simbólico e poderoso: Neymar ficou de fora. A ausência do camisa 10 não é apenas uma questão técnica ou física. É um recado direto e claro: ou trabalha com seriedade, ou a Seleção seguirá sem ele — por mais difícil e doloroso que isso possa ser.
Ancelotti, conhecido por sua disciplina e por valorizar comprometimento acima de nomes, mostrou que não está disposto a viver do passado ou da fama dos atletas. A nova fase da Seleção exige entrega total, foco, preparo físico e mental. Neymar, embora talentoso e ainda com muito a oferecer, precisa demonstrar que está disposto a voltar com intensidade, comprometimento e fome de vitória.
Essa decisão não é uma porta fechada. Pelo contrário, pode — e deve — ser vista como um alerta e uma oportunidade. Neymar ainda pode reconquistar seu espaço, mas precisará provar que entende a nova mentalidade da equipe. A camisa 10 está à espera de um líder em campo, não apenas de um ídolo.
O recado de Ancelotti não é só para Neymar, mas para todos os jogadores que sonham vestir a amarelinha. A Seleção entra em uma nova era, onde nome e passado não garantem lugar. Quem quiser estar entre os convocados precisará mostrar trabalho — dentro e fora de campo.
Resta agora saber qual será a resposta de Neymar. Que esse corte sirva de motivação e renascimento para um dos maiores talentos do futebol brasileiro. O tempo de acomodação acabou. A Seleção tem um novo comando — e a exigência é clara: compromisso ou exclusão.