Enquanto o Brasil enfrenta desafios ambientais e sociais urgentes, a trajetória de duas figuras políticas escancara um contraste gritante entre compromisso e retrocesso. De um lado, Marina Silva, símbolo internacional da luta ambiental; do outro, Marcos Rogério, defensor de pautas que ameaçam o futuro do país.
Marina Silva é sinônimo de perseverança e coragem. Com quase 50 anos dedicados à defesa do meio ambiente, ela construiu uma das histórias mais respeitadas da política brasileira e mundial. Nascida no seringal Bagaço, no Acre, Marina superou doenças, pobreza e analfabetismo para se tornar uma das vozes mais influentes na proteção da Amazônia.
Durante sua gestão como ministra do Meio Ambiente (2003-2008), Marina conseguiu uma das maiores conquistas da história ambiental brasileira: reduziu o desmatamento da Amazônia em impressionantes 50%. Já em seu retorno ao ministério, entre 2023 e 2025, repetiu o feito com uma nova queda de 45% na devastação. Seus esforços foram reconhecidos internacionalmente, sendo premiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) por sua atuação exemplar.
Na contramão dessa trajetória, está o senador Marcos Rogério, conhecido por apoiar pautas que colocam em risco o meio ambiente e o bem-estar da população. Um dos maiores defensores do chamado “PL da Devastação”, projeto que enfraquece leis de proteção ambiental e favorece o desmatamento, Marcos Rogério tem sido alvo de duras críticas de ambientalistas e especialistas.
Além disso, o parlamentar votou contra a proposta de zerar os impostos sobre alimentos básicos — uma medida que aliviaria o bolso de milhões de brasileiros em tempos de crise econômica. Sua atuação no Congresso é marcada por ausência de projetos relevantes: em toda sua carreira política, nunca conseguiu aprovar uma única proposta de impacto nacional.
Em tempos em que o Brasil precisa decidir entre progresso sustentável e retrocesso, exemplos como os de Marina Silva mostram que é possível aliar desenvolvimento e responsabilidade ambiental. Já figuras como Marcos Rogério levantam o alerta: interesses contrários ao bem coletivo ainda têm espaço na política.
A pergunta que fica é: que futuro queremos construir — o da preservação e da justiça social, ou o da destruição e do abandono das causas populares?