O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, declarou em entrevista recente que está disposto a disputar a Presidência da República nas eleições de 2026, caso essa seja uma “missão” determinada por seu pai. A declaração foi feita em meio a intensas movimentações políticas da base bolsonarista, que busca um nome forte para representar o grupo, já que Jair Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo reportagem do jornal O Dia, Eduardo afirmou que seu “plano A, B e C” ainda é o retorno de Jair Bolsonaro ao poder, mas não descartou o sacrifício de se colocar como candidato, caso o ex-presidente lhe dê essa tarefa. “Se ele me designar essa missão, eu vou. Mas o nosso objetivo ainda é o retorno dele”, declarou. O deputado também disse que apoiaria nomes como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, outro forte aliado do bolsonarismo.
Apesar de manter presença ativa nas redes sociais e participar de eventos políticos, Eduardo Bolsonaro enfrenta atualmente investigações no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é alvo de inquéritos por suspeitas de coação no curso do processo penal, obstrução de investigação contra organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Em meio às investigações, Eduardo tem intensificado suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem acusa de agir como “um tirano”.
A possível candidatura de Eduardo é vista como uma alternativa estratégica para manter viva a influência política do ex-presidente Jair Bolsonaro nas próximas eleições. Com o pai fora da disputa, caberá ao clã Bolsonaro definir quem carregará sua bandeira em 2026. Eduardo, que já foi o deputado federal mais votado do país em 2018, representa uma das figuras mais fiéis ao núcleo duro do bolsonarismo.
A conjuntura política até 2026 ainda é incerta, mas o lançamento do nome de Eduardo Bolsonaro à Presidência pode ser mais do que um balão de ensaio: pode representar o início da tentativa de sucessão dinástica dentro do movimento que ainda mobiliza milhões de apoiadores no Brasil. Com ou sem candidatura, a família Bolsonaro continua no centro do tabuleiro político nacional.