Uma tragédia abalou a madrugada deste domingo (1º) no coração da cidade do Rio de Janeiro. Um incêndio de grandes proporções atingiu um casarão histórico localizado na Rua Taylor, número 10, na Lapa, região central da capital fluminense. O fogo deixou um rastro de destruição, resultando na morte de pelo menos duas pessoas, seis feridos e cerca de 40 desabrigados.
O incêndio teve início por volta das 2h da manhã, e rapidamente as chamas tomaram conta do imóvel, que abrigava dezenas de moradores, muitos em situação de vulnerabilidade social. Vizinhos relataram momentos de desespero, com pessoas tentando escapar pelas janelas e gritando por socorro. “Foi tudo muito rápido. O fogo se espalhou e só deu tempo de correr. Tinha muita fumaça e gritaria”, contou um morador que conseguiu sair a tempo.
Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas imediatamente e trabalharam por horas para controlar as chamas. Viaturas dos quartéis do Centro, Catete, Vila Isabel e São Cristóvão foram mobilizadas. Apesar dos esforços, duas vítimas não resistiram e morreram no local. Outras seis pessoas foram socorridas com ferimentos, algumas delas com queimaduras e intoxicação por fumaça.
O casarão ficou completamente destruído. As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas, mas uma das hipóteses é de que tenha começado por conta de uma pane elétrica. Técnicos da Defesa Civil estiveram no local durante a manhã e interditaram o imóvel, que corre risco de desabamento.
A prefeitura do Rio informou que equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social estão prestando apoio às vítimas, oferecendo abrigo temporário, alimentação e acompanhamento psicológico. Muitos dos moradores perderam tudo o que tinham.
Moradores da região lamentam a tragédia e cobram ações mais efetivas do poder público para garantir segurança em imóveis antigos e ocupações no centro da cidade. “É muito triste. Isso poderia ter sido evitado com mais fiscalização e cuidado com essas moradias precárias”, disse uma moradora vizinha.
Essa tragédia na Lapa expõe, mais uma vez, a fragilidade das estruturas habitacionais em áreas urbanas históricas e a urgência de políticas públicas voltadas para a prevenção de acidentes e proteção dos mais vulneráveis.