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Em um evento realizado no dia 9 de junho de 2025, na sede da Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram), em Copacabana, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, participou da apresentação oficial do novo e ambicioso plano de expansão da rede metroviária do estado. O encontro marcou o alinhamento entre os governos municipal, estadual e federal em torno de um projeto que promete transformar radicalmente a mobilidade urbana da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Além do prefeito, estiveram presentes o vice-prefeito Eduardo Cavaliere, o secretário estadual de Transportes Washington Reis, o ministro das Cidades Jader Barbalho Filho, além de prefeitos de várias cidades da região metropolitana. O clima foi de otimismo e cooperação, diante da grandiosidade do que está por vir.
Três novos eixos metroviários
O plano prevê três frentes principais de expansão:
- Estácio ↔ Praça XV: Um novo trecho estratégico que visa melhorar o fluxo entre o centro e a Zona Norte.
- Linha 3: A tão aguardada ligação entre Praça XV e Guaxindiba (São Gonçalo), passando por Niterói, finalmente começa a sair do papel.
- Extensão da Linha 4: A linha, que hoje termina no Jardim Oceânico (Barra da Tijuca), será estendida até o Recreio dos Bandeirantes, ampliando o acesso à Zona Oeste.
No total, serão 31 novas estações e 44 quilômetros de trilhos, com um investimento estimado em R$ 28,8 bilhões. Trata-se da maior ampliação da malha metroviária da história do Rio.
Prazos e execução
A previsão é que os primeiros trechos entrem em operação em 2031, com a conclusão total estimada para o final de 2032. O cronograma será detalhado nos próximos meses, com os primeiros processos licitatórios previstos para o início de 2026.
Financiamento: modelo Porto Maravilha e PPPs
Para viabilizar a obra, a Prefeitura do Rio anunciou que vai utilizar instrumentos urbanísticos, como a concessão de potencial construtivo em determinadas áreas, para atrair investimento privado. A estratégia é inspirada em projetos como o Porto Maravilha e o Parque Olímpico, que usaram mecanismos semelhantes para custear grandes obras.
Além disso, o modelo será baseado em Parcerias Público-Privadas (PPPs), com participação de recursos municipais, estaduais, federais e do BNDES. A expectativa é que essa união de forças acelere a implantação do projeto e traga mais eficiência ao processo.
Integração com outros modais
Outro destaque do plano é a proposta de transformar o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, em um grande hub de integração. A ideia é conectar as novas linhas do metrô com outros modais de transporte, como o BRT e ônibus intermunicipais, promovendo uma mobilidade mais fluida e conectada para os cariocas.
Autoridades destacam impacto urbano e social
Durante o evento, o prefeito Eduardo Paes fez questão de destacar os efeitos positivos que a obra trará para a cidade:
“Quando investimos em infraestrutura, transformamos a cidade, melhoramos a vida das pessoas e geramos oportunidades. O metrô precisa chegar a mais regiões do Rio.”
O secretário Washington Reis ressaltou a importância da articulação entre os entes públicos:
“A integração entre os governos é essencial para tirar esse sonho antigo do papel. Estamos unindo esforços para fazer acontecer.”
Já o ministro Jader Barbalho Filho reforçou a necessidade de garantir transporte público de qualidade para a população:
“Esse é um projeto que vai além da mobilidade. É sobre dignidade, desenvolvimento e planejamento urbano.”
Uma nova era para o transporte no Rio
Com um cronograma ousado, investimentos robustos e apoio político em várias esferas, o plano de expansão do metrô pode marcar o início de uma nova era para o transporte público no Rio de Janeiro. Se concluído conforme prometido, trará um salto significativo na mobilidade, na qualidade de vida e no crescimento sustentável da Região Metropolitana.