A noite desta sexta feira 13) foi marcada por uma intensa queima de fogos em diversos pontos da Zona Oeste do Rio, como Santa Cruz, Paciência e Campo Grande. A movimentação chamou a atenção de moradores e gerou apreensão. O motivo? A “homenagem” à morte do miliciano Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, que completa exatos quatro anos.
Ecko foi morto em 2021 durante uma operação da Polícia Civil na comunidade Três Pontes, em Paciência. Considerado um dos criminosos mais procurados do estado à época, ele comandava a milícia que dominava diversas regiões da Zona Oeste e havia se tornado o rosto mais conhecido do grupo conhecido como “bonde do Ecko”.
O miliciano também ficou famoso por ser o principal responsável por expulsar o Comando Vermelho de Santa Cruz, consolidando a presença da milícia armada na região. Após sua morte, seu irmão, conhecido como Zinho, assumiu o controle do grupo — até se entregar à polícia no fim de 2023.
Apesar da forte repressão policial nos últimos anos, o legado de Ecko ainda reverbera nas comunidades. A queima de fogos nesta data já virou uma espécie de “ritual” entre simpatizantes e integrantes remanescentes da milícia, que continuam a tentar manter influência e poder sobre territórios da Zona Oeste.
Moradores relataram que os fogos começaram por volta das 19h e se espalharam por vários bairros ao longo da noite. Muitos associam o ato a uma demonstração de força e resistência do grupo miliciano, mesmo após a perda de seus principais líderes.
A Polícia Militar intensificou o patrulhamento nas áreas afetadas, mas até o momento, não há informações sobre prisões ou apreensões ligadas aos fogos.
O episódio revela como, mesmo após a morte de seus chefes, a milícia continua deixando marcas profundas no cotidiano das comunidades cariocas.