O empresário russo Pavel Durov, fundador e CEO do Telegram, voltou aos holofotes com uma revelação surpreendente: ele pretende dividir sua fortuna bilionária igualmente entre seus mais de 100 filhos, incluindo os que foram concebidos via doação de esperma. A declaração foi dada em entrevista à revista francesa Le Point, divulgada em 19 de junho de 2025, e já está gerando debates em todo o mundo sobre herança, paternidade e planejamento sucessório.
A fortuna de Durov é avaliada entre US$ 13,9 bilhões e US$ 17,1 bilhões — o que equivale a mais de R$ 76 bilhões. Segundo ele, todos os seus herdeiros terão direito a uma fatia igualitária do montante, sem distinções entre filhos biológicos e os gerados por inseminação artificial, prática que ele mesmo admitiu ter adotado em diversos países. Estima-se que mais de 100 crianças nasceram a partir desse método, distribuídas em pelo menos 12 nações.
Igualdade total… mas só aos 30 anos
Um dos pontos mais curiosos da decisão de Durov é a cláusula de acesso à herança: nenhum dos filhos poderá tocar no dinheiro antes dos 30 anos de idade. O objetivo, segundo o bilionário, é garantir que seus descendentes não cresçam mimados ou dependentes da riqueza paterna.
“Não quero criar uma geração de herdeiros mimados. Quero que todos eles construam sua própria trajetória, com esforço e liberdade”, declarou Durov à Le Point.
Essa regra vale para todos os herdeiros, independente da origem ou país onde nasceram.
Herança do século?
O plano de Durov chamou atenção por sua originalidade, mas também por levantar questões éticas e legais complexas. Juristas e especialistas em direito internacional apontam que a distribuição dessa herança bilionária poderá enfrentar desafios jurídicos, especialmente nos países onde não há precedentes legais claros sobre filhos por doação de sêmen e direitos hereditários.
Além disso, os nomes e identidades das mais de 100 crianças ainda são em grande parte desconhecidos do público — e possivelmente também de alguns advogados e autoridades.
Quem é Pavel Durov?
Conhecido como o “Zuckerberg russo”, Pavel Durov fundou o Telegram em 2013, após romper com o governo russo por se recusar a fornecer dados de usuários de sua antiga plataforma, o VKontakte. Desde então, vive fora da Rússia e comanda o Telegram de forma independente, mantendo sua imagem como defensor da liberdade de expressão e da privacidade digital.
Aos 40 anos, sem filiação pública a partidos ou governos, Durov agora dá sinais de que quer também deixar um legado pessoal marcante — não apenas nos negócios, mas na forma como planeja seu futuro familiar.
Uma coisa é certa: nunca antes o mundo viu uma herança tão vasta, dispersa e inusitada como a que Pavel Durov está preparando.