Rio de Janeiro, 26 de junho de 2025 – Uma verdadeira guerra urbana tomou conta do Morro do Fubá, no Campinho, Zona Norte do Rio de Janeiro, por volta das 14h desta quinta-feira. Em plena luz do dia, moradores viveram momentos de terror, com intenso tiroteio entre criminosos das facções Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP). A violência, que já virou rotina em diversas comunidades do Rio, atingiu mais um patamar de brutalidade e descaso.
Vídeos e imagens fortes circulam nas redes sociais, mostrando rajadas de fuzil, criminosos armados circulando livremente, e famílias se protegendo como podiam dentro de suas casas ou com crianças deitadas no chão para escapar das balas. O barulho dos disparos era ouvido a centenas de metros de distância.
Enquanto isso, o governador do estado, Cláudio Castro, que deveria estar coordenando ações de segurança pública, foi flagrado acompanhando os jogos do Mundial de Clubes, onde seu time de coração está em campo. A cena causou revolta nas redes sociais e entre moradores da região.
“Estamos abandonados, largados à própria sorte. Não tem polícia, não tem governo, só temos medo. E o governador? Está comemorando gol enquanto a gente foge de bala!”, desabafou uma moradora, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
A guerra entre facções pelo domínio do tráfico no Morro do Fubá não é novidade, mas o confronto desta quinta-feira chamou atenção pela intensidade e pelo horário em que ocorreu, colocando em risco a vida de quem apenas tentava viver sua rotina.
O policiamento foi acionado com atraso, e até o fechamento desta matéria, não havia informações oficiais sobre prisões, feridos ou mortos. A assessoria da Polícia Militar informou apenas que equipes do 9º BPM (Rocha Miranda) foram enviadas ao local.
A ausência do Estado se reflete na falta de ações concretas para conter o avanço do crime organizado. Enquanto isso, a população segue vivendo sob o domínio do medo, cercada por balas, silêncio oficial e a completa omissão do poder público.
O Rio sangra, e o governo assiste. Literalmente.