Imagens fortes e clima de terror! A Zona Norte do Rio de Janeiro vive momentos de verdadeiro pânico com a intensificação da guerra entre as facções Comando Vermelho (C.V) e Terceiro Comando Puro (T.C.P). No Morro do Fubá, no bairro do Campinho, o confronto já dura 18 horas ininterruptas, transformando a comunidade em uma verdadeira zona de combate. A violência é tamanha que moradores passaram a apelidar o local de “FUBAQUISTÃO” e “CAMPILESTINA”, fazendo alusão a regiões de conflito no Oriente Médio, tamanha a gravidade dos tiroteios e a sensação de abandono pelo poder público.
Durante toda a madrugada e início da manhã desta quarta-feira (26), disparos de fuzil, explosões de granadas e gritos de desespero tomaram conta da região. Vídeos gravados por moradores mostram homens fortemente armados circulando pelas ruas, trocando tiros a céu aberto, em plena luz do dia. Crianças, idosos e trabalhadores estão impedidos de sair de casa, enquanto o transporte público na área foi completamente paralisado.
Enquanto isso, a guerra se espalha! A comunidade do Juramento, em Vicente de Carvalho, também na Zona Norte, vive o quarto dia seguido de confrontos intensos. De acordo com informações da própria polícia, mais um traficante do C.V foi morto por rivais do T.C.P que atuam na comunidade da Serrinha. O número de mortos pode ser ainda maior, mas a entrada de ambulâncias e socorro está comprometida por conta da violência constante.
Moradores da região relatam noites sem dormir, paredes crivadas de balas, telhados destruídos e escolas sem funcionar. “Parece que estamos em guerra mesmo. Não tem polícia, não tem socorro, só barulho de fuzil e helicóptero”, disse uma moradora que preferiu não se identificar por medo de represálias.
O clima de terror e medo se espalha por toda a região da Grande Tijuca até a Pavuna, e a sensação é de total abandono por parte do poder público. Segundo denúncias, o tráfico estaria utilizando drones para monitorar a movimentação policial e blindados do Bope já tentam retomar o controle das áreas dominadas, mas sem sucesso até o momento.
Especialistas em segurança pública alertam que esse tipo de confronto prolongado tende a se agravar com a disputa territorial entre facções rivais, principalmente em regiões estratégicas para o tráfico de drogas. “A ausência de políticas públicas e o domínio paralelo dessas áreas criam um ambiente propício para a guerra urbana”, explica um coronel da reserva da PM.
Até o momento, nenhuma autoridade estadual se pronunciou oficialmente sobre a escalada da violência. Moradores pedem ajuda urgente e reforço policial antes que mais vidas inocentes sejam perdidas nessa guerra que parece não ter fim.
Enquanto isso, Fubaquistão e Campilestina seguem em chamas.