Uma pesquisa realizada pelo instituto Futura, em parceria com a Apex Partners, e divulgada nesta sexta-feira (27), revela um cenário preocupante para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, 51,1% dos eleitores classificam o governo como ruim ou péssimo, enquanto apenas 23,9% avaliam como ótimo ou bom. Já 24,2% consideram a gestão regular.
Os dados indicam uma rejeição crescente à administração federal, em um momento em que o país enfrenta desafios econômicos, altos índices de desemprego e instabilidades políticas. A pesquisa reacende o debate sobre a percepção popular em relação ao terceiro mandato de Lula, iniciado em janeiro de 2023.
📊 Números Que Preocupam o Planalto
A marca de mais da metade da população avaliando negativamente o governo é simbólica e estratégica. Analistas políticos apontam que essa avaliação pode impactar diretamente a governabilidade e a capacidade de articulação com o Congresso Nacional.
Para muitos especialistas, o percentual de aprovação de 23,9% mostra um núcleo de apoiadores fiel, mas insuficiente para sustentar o governo sem alianças amplas e reformas profundas na condução política e econômica.
🗣️ Divisão no País e Desgaste Político
A pesquisa também escancara um país dividido em relação ao governo Lula. Apesar de uma base que ainda vê o presidente como referência de políticas sociais, programas como o novo PAC, o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família não têm sido suficientes para conter o desgaste diante da inflação persistente, dos combustíveis caros e da crise na segurança pública.
Enquanto isso, opositores do governo têm utilizado os números da pesquisa para reforçar críticas à atual gestão e pressionar por mudanças. A desaprovação elevada fortalece o discurso de setores que defendem rupturas no atual modelo de governança.
🔎 Sobre a Pesquisa
A pesquisa Futura/Apex entrevistou eleitores de todas as regiões do país, incluindo diferentes faixas etárias e níveis de escolaridade. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
Os números confirmam a tendência de queda na popularidade do presidente observada em levantamentos anteriores, consolidando um momento de alerta para o Palácio do Planalto, que já articula estratégias para reverter o quadro nos próximos meses.