Na calada da noite de domingo, 6 de julho de 2025, um aviso sombrio surgiu no Truth Social. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que “cartas tarifárias” seriam disparadas a partir do meio-dia de segunda-feira, horário de Washington. O tom era claro, quase cinematográfico: “Take it or leave it.” Tome ou deixe.
A mensagem, enigmática e direta, antecipava um movimento coordenado: 12 cartas, 12 países, tarifas de até 70%. O plano foi revelado com precisão cirúrgica, mas sem nomes. Nenhum país havia sido citado. Nenhuma pista além dos números — e da hora exata do disparo.
A tensão aumentou ao longo da madrugada. Fontes da Reuters e de portais como Swissinfo e India Times confirmaram: as cartas foram assinadas e seladas. As tarifas previstas variam entre 10% e 70% e entram em vigor em 1º de agosto, caso os países-alvo não fechem acordos até o fim da trégua de 90 dias, que se encerra em 9 de julho.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, reforçou: “Estamos preparados para agir. O mundo teve tempo suficiente para escolher um lado.” O tom não era apenas comercial — era quase bélico.
O silêncio antes do disparo
Às 11h55 da manhã de 7 de julho, os corredores diplomáticos estavam em silêncio. Embaixadas em Washington seguiam atentas, mas sem respostas. Os líderes das nações do G20 evitavam declarações. Nações asiáticas reforçavam medidas emergenciais. Países da União Europeia pediam “cautela e clareza”.
Então, meio-dia em ponto, os alertas começaram. Fontes próximas à Casa Branca confirmaram que os documentos foram enviados. Cada carta, segundo assessores de Trump, continha exigências claras, prazos inegociáveis e uma ameaça silenciosa: a exclusão total do mercado norte-americano.
As cartas que ninguém quer receber
Embora os nomes dos países não tenham sido revelados oficialmente, especulações apontam para China, Índia, Brasil, Alemanha, México, Vietnã, Coreia do Sul, Turquia, Indonésia, Japão, Canadá e França como possíveis alvos. Todos mantêm algum tipo de atrito comercial ou desacordo tarifário com Washington.
Segundo analistas, Trump está “reabrindo a caixa de Pandora” da política comercial global. “Esse tipo de ação não se trata apenas de economia. É um teste de poder, influência e resistência diplomática”, disse a consultora de risco internacional Emily Rhodes à CNBC.
O relógio corre
Cada país agora tem até terça-feira, 9 de julho, para reagir. Ou para ceder. Ou para desafiar. O destino de bilhões de dólares em exportações, acordos bilaterais e cadeias globais de suprimentos está suspenso no ar — como uma bomba-relógio diplomática.
Enquanto isso, o mundo assiste, apreensivo, ao que parece ser o início de uma nova guerra comercial silenciosa, em que as armas são selos, palavras e percentuais — mas o impacto pode ser brutal.
O suspense continua. E as cartas, agora nas mãos de seus destinatários, talvez tragam mais do que tarifas. Talvez tragam escolhas impossíveis.