Um caso insólito e perigoso chocou os moradores de Sorocaba, no interior de São Paulo. Um homem foi preso após treinar seu cachorro — supostamente da raça pitbull — para arremessar tijolos contra qualquer pessoa que tocasse a campainha de sua residência. O episódio ganhou repercussão nas redes sociais e foi confirmado por portais locais como São Joaquim Online e Oeste Agora.
De acordo com a Polícia Militar, o inusitado e perigoso “treinamento” resultou em quatro vítimas, entre elas três entregadores e uma testemunha de Jeová, que relataram ter sido atingidos por tijolos lançados de forma surpreendente e precisa pelo animal. As vítimas sofreram ferimentos leves, mas o caso chamou atenção pelo nível de risco e pela bizarrice da situação.
A ocorrência foi registrada após uma das vítimas filmar parte da ação do animal e denunciar o caso às autoridades. Ao chegarem ao local, os policiais constataram a veracidade da denúncia e abordaram o responsável pelo cão.
O dono da casa, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades, justificou o treinamento absurdo com a seguinte frase:
“Queria apenas manter a paz e o silêncio em casa. Toda hora alguém tocando a campainha tira minha paz.”
A explicação, no entanto, não convenceu os policiais. O homem foi preso em flagrante por colocar em risco a integridade física de terceiros. Ele foi encaminhado para a delegacia da região e irá responder por lesão corporal e conduta perigosa.
O caso levanta sérias questões sobre o uso inadequado de animais e os limites do comportamento individual frente à coletividade. Além da crueldade potencial com o animal — obrigado a reproduzir comportamentos violentos —, o ato representa um risco real à vida e segurança de pessoas comuns, que apenas desempenhavam seu trabalho ou seguiam suas rotinas diárias.
Moradores da região afirmaram já ter escutado barulhos estranhos vindos da casa, mas nunca imaginaram que um cão estivesse sendo treinado como “arma viva” com tijolos.
O cachorro foi recolhido pelos serviços de controle animal da prefeitura, que avaliarão seu estado físico e psicológico. A suspeita é de que o animal esteja sob estresse elevado em função dos treinamentos e da convivência com o tutor.
A polícia segue investigando o caso e colhendo mais depoimentos. Especialistas em comportamento animal classificaram o episódio como “absurdo e preocupante”, alertando para os perigos de treinar cães com práticas violentas, tanto para as vítimas quanto para os próprios animais.
👉 O caso serve de alerta: segurança e silêncio não se constroem com violência — muito menos utilizando um animal como ferramenta de ataque.
🔁 A história continua repercutindo nas redes e dividindo opiniões, mas o fato é que a justiça já está a caminho.