O Senado Federal aprovou, em decisão histórica, o Projeto de Lei 1.225/2024, que garante aposentadoria especial para mães que dedicam suas vidas ao cuidado de filhos com deficiência, autismo e outras condições atípicas. A medida representa um marco de justiça social e reconhecimento para milhares de brasileiras que enfrentam, diariamente, desafios intensos e constantes.
Mais do que simplesmente exercer a maternidade, essas mulheres acumulam múltiplos papéis: são cuidadoras, terapeutas, enfermeiras, advogadas, mediadoras e defensoras incansáveis da inclusão e da dignidade de seus filhos. Até hoje, grande parte dessas mães enfrentava jornadas exaustivas, sem apoio financeiro adequado e muitas vezes invisibilizadas pelas políticas públicas.
Com a aprovação do PL 1.225/2024, essas mães poderão se aposentar mais cedo, reconhecendo o trabalho integral, físico e emocional, que exercem 24 horas por dia, 7 dias por semana, por anos – muitas vezes por toda a vida. A lei representa um avanço não apenas previdenciário, mas também civilizatório, ao reconhecer um direito fundamental que por muito tempo foi ignorado.
A proposta foi apresentada pelo deputado federal Glaustin da Fokus (Podemos-GO) e tramitava desde o início de 2024. A aprovação no Senado agora segue para sanção presidencial, o último passo para que o benefício se torne realidade.
A plataforma Nação Jurídica foi uma das primeiras a confirmar a aprovação, destacando a importância da nova legislação como símbolo de justiça e respeito às mães atípicas do Brasil.
Essa conquista é fruto da luta de muitas mães, movimentos sociais, profissionais da saúde e do direito, que há anos exigem políticas mais humanas e empáticas. Com essa nova lei, o Brasil dá um passo importante na valorização das famílias atípicas e no reconhecimento do trabalho invisível que transforma vidas todos os dias.