Uma menina de apenas 12 anos morreu nesta semana em Belo Horizonte (MG) após ser submetida a um parto de emergência. A jovem deu entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da capital mineira com fortes dores abdominais, sem saber que estava grávida. O caso chocou profissionais de saúde e moradores da região.
De acordo com relatos da equipe médica, a criança chegou à unidade se queixando de dores intensas no abdômen. Após os exames de rotina, os profissionais constataram que a menina estava em trabalho de parto. Ela foi prontamente transferida para uma maternidade, onde passou por uma cirurgia de emergência. Apesar dos esforços da equipe médica, a menina não resistiu às complicações e faleceu. O bebê sobreviveu, mas permanece internado sob cuidados intensivos.
Segundo fontes ligadas ao caso, inicialmente a menina negou ter mantido qualquer relação sexual. No entanto, após insistência da equipe médica e diante da gravidade da situação, ela revelou ter tido envolvimento com um rapaz com quem atualmente não tem mais contato. A identidade do suspeito não foi divulgada, e o caso agora está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).
A vítima não havia realizado nenhum acompanhamento pré-natal e sequer possuía encaminhamento médico para gestação. A ausência total de assistência prévia agravou ainda mais o quadro clínico, comprometendo as chances de sobrevivência da jovem.
A morte precoce da menina levantou discussões importantes sobre abuso sexual, gravidez precoce e a falta de políticas públicas eficazes voltadas à saúde e proteção de meninas em situação de vulnerabilidade. Em nota, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais lamentou o ocorrido e afirmou que dará total apoio à investigação.
O Conselho Tutelar também foi acionado para acompanhar o caso e garantir os direitos do recém-nascido, que segue sob observação em uma unidade pediátrica da capital.
Organizações de defesa da infância cobraram medidas mais rígidas de prevenção e atendimento a casos de violência sexual infantil. A presidente de uma ONG que atua com meninas vítimas de abuso declarou:
“Esse caso é mais um retrato da negligência social com as nossas crianças. Meninas estão morrendo por falta de informação, apoio e proteção. É urgente uma resposta do poder público.”
O caso segue em apuração, e a polícia trabalha para identificar e responsabilizar o autor do abuso. Familiares da menina estão em choque e evitam dar declarações à imprensa.
O enterro da menina deve ocorrer em cerimônia restrita à família. Já o bebê, mesmo prematuro, apresenta sinais estáveis e está sendo acompanhado por uma equipe multidisciplinar.
Essa tragédia reforça a necessidade de atenção constante à saúde física e emocional de crianças e adolescentes, além de ações efetivas para combate à violência sexual e à gravidez precoce no Brasil.