Em mais uma declaração polêmica que gerou indignação no Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez críticas diretas ao sistema de pagamentos Pix e à famosa Rua 25 de Março, em São Paulo. O episódio vem à tona após a divulgação de um relatório oficial do governo americano que acusa o Brasil de adotar “práticas comerciais desleais”.
Segundo o documento, o Pix — sistema de transferências instantâneas criado pelo Banco Central em 2020 — estaria prejudicando empresas americanas como Visa e Mastercard, que perderam espaço no mercado brasileiro desde a popularização da ferramenta. A administração Trump alega que a preferência dos brasileiros pelo Pix, por ser gratuito e amplamente acessível, representa uma “barreira injusta ao comércio exterior” e propõe medidas para limitar ou até eliminar o uso do Pix.
A proposta foi interpretada por especialistas como uma tentativa clara de proteger os interesses de grandes corporações estrangeiras em detrimento da soberania financeira do Brasil. Desde seu lançamento, o Pix tem sido elogiado internacionalmente como um exemplo de inovação e democratização bancária, beneficiando milhões de brasileiros que antes não tinham acesso a serviços financeiros.
Mas as críticas não pararam por aí. O relatório também menciona a Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, como um “foco de pirataria” e comércio de produtos falsificados. Para o governo americano, o local estaria “prejudicando empresas dos Estados Unidos” e deve ser alvo de sanções e investigações.
A fala de Trump gerou reação imediata entre os comerciantes da região, que consideraram o ataque uma ofensa à cultura empreendedora do Brasil. A 25 de Março é uma das principais zonas comerciais do país, conhecida pela variedade de produtos a preços acessíveis e por sustentar milhares de famílias. “Essa crítica é uma afronta ao trabalhador brasileiro”, afirmou um dos representantes da associação de lojistas.
Como se não bastasse, Trump ainda anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, elevando a tensão nas relações diplomáticas entre os dois países. Ele também aproveitou para criticar o Judiciário brasileiro, numa tentativa vista por analistas como forma de pressão política e econômica.
Diante da escalada de ataques, o governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, respondeu com firmeza. Em nota oficial, o Palácio do Planalto afirmou que “o Brasil não aceitará qualquer tipo de ingerência sobre políticas públicas que beneficiam o povo brasileiro” e reiterou o compromisso com a soberania nacional e a defesa da economia popular.
Nos bastidores, diplomatas brasileiros avaliam que a postura agressiva de Trump faz parte de uma estratégia eleitoral para agradar setores conservadores e corporativos nos EUA. Ainda assim, o episódio acendeu o alerta em Brasília e gerou mobilização entre lideranças políticas e comerciais.
A disputa promete se intensificar nos próximos dias. Enquanto isso, brasileiros seguem apoiando o Pix e valorizando a 25 de Março — símbolos de um país que aposta na inclusão financeira e na força do seu povo trabalhador.