A Polícia Federal concluiu a perícia no pen drive apreendido no banheiro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A análise do conteúdo foi realizada no Instituto Nacional de Criminalística da PF, com o laudo finalizado no dia 18 de julho de 2025. A informação foi divulgada pelo site Aliados Brasil Notícias, que cita a CNN Brasil como uma das fontes.
Segundo a reportagem, o laudo pericial será encaminhado ao delegado responsável pela investigação na próxima segunda-feira, 21 de julho de 2025. A perícia marca uma etapa importante no inquérito que apura possíveis irregularidades envolvendo o ex-mandatário.
Além do pen drive, a Polícia Federal também apreendeu o celular pessoal de Jair Bolsonaro e quantias em dinheiro vivo: US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie, encontrados durante a mesma ação. A origem do dinheiro também será investigada pelas autoridades.
Bolsonaro nega ligação com o dispositivo
Questionado pela imprensa sobre o pen drive, Jair Bolsonaro afirmou:
“Nunca mexi com pen drive na minha vida toda”.
Ele declarou não saber a quem pertencia o dispositivo e relatou que uma agente, ao sair do banheiro, o encontrou e o entregou. Bolsonaro também mencionou que não questionou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro sobre a possibilidade de o item ser dela.
Apesar da negativa, o conteúdo do pen drive, já extraído pelos peritos, poderá indicar se há alguma ligação entre o material armazenado e o ex-presidente ou pessoas próximas a ele.
Investigação avança
A operação que resultou na apreensão do dispositivo faz parte de uma série de ações coordenadas pela PF com autorização do STF, dentro de investigações sobre a conduta de Bolsonaro após o fim de seu mandato. O foco principal tem sido apurar possíveis tentativas de obstrução de justiça e outros delitos associados ao núcleo mais próximo do ex-presidente.
O conteúdo do pen drive ainda não foi tornado público, mas o envio do laudo ao setor responsável pode acelerar os desdobramentos do inquérito.
Com as novas evidências, o cerco jurídico sobre Jair Bolsonaro pode se intensificar nas próximas semanas.