O policial militar Luiz César Cunha, suspeito de envolvimento direto no atentado contra o bicheiro Vinicius Drumond, ocorrido no último dia 11, se entregou na manhã desta segunda-feira (21) na 22ª Delegacia de Polícia, localizada no bairro da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro.
A entrega foi feita de forma voluntária, após o cerco se fechar com o avanço das investigações conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Assim que se apresentou, Luiz César foi detido e será encaminhado ainda hoje para a sede da DHC, na Barra da Tijuca, onde será interrogado pelos agentes que apuram o caso.
A investigação aponta que o atentado contra Drumond, figura conhecida da contravenção carioca, foi planejado por um grupo com envolvimento de agentes de segurança. O crime, de grande repercussão, acendeu o alerta das autoridades sobre possíveis disputas internas no submundo do jogo do bicho.
Antes da prisão de Luiz César Cunha, a polícia já havia detido o ex-policial militar Deivyd Bruno Nogueira Vieira, conhecido pelo apelido de “Piloto”, suspeito de também participar diretamente do atentado. Além dele, outros dois nomes surgem como peças-chave na trama criminosa: Adriano Carvalho e Rafael Ferreira, o “Cachoeira”. Ambos tiveram as prisões preventivas decretadas, mas seguem foragidos.
As autoridades acreditam que o grupo agiu de forma coordenada e premeditada, com funções específicas dentro do plano para executar o ataque. Detalhes como a logística utilizada, possíveis mandantes e motivação exata ainda estão sendo mantidos sob sigilo para não atrapalhar as diligências.
A Polícia Civil segue intensificando as buscas pelos dois foragidos e conta com o apoio da população através de denúncias anônimas pelo Disque-Denúncia (2253-1177).
O atentado contra Vinicius Drumond é mais um capítulo da violenta guerra por territórios no submundo da contravenção carioca, onde interesses políticos, econômicos e criminosos frequentemente se entrelaçam.