Uma mulher foi presa em flagrante ao tentar entrar em uma unidade prisional com morangos do amor recheados com maconha, numa tentativa inusitada de burlar a segurança e entregar drogas ao seu marido, detento no local. O caso chamou atenção pela criatividade da camuflagem, mas o nervosismo da suspeita acabou entregando o esquema.
Segundo informações das autoridades, a prisão ocorreu durante o horário de visitas, quando a mulher chegou à entrada do presídio portando uma bandeja com doces típicos — morangos cobertos com calda de açúcar cristalizado, popularmente conhecidos como “morangos do amor”. A atitude aparentemente inofensiva levantou suspeitas quando a mulher se mostrou visivelmente nervosa durante a revista dos alimentos, um procedimento padrão em unidades prisionais.
Os agentes relataram que a visitante tentou impedir a fiscalização dos doces, alegando que a cobertura de açúcar poderia ser danificada, comprometendo a entrega dos alimentos ao seu companheiro. No entanto, diante da insistência e do comportamento evasivo da mulher, os servidores resolveram examinar os doces mais de perto.
Foi então que os agentes descobriram pequenas porções de maconha escondidas dentro dos morangos, cuidadosamente cobertas com a calda doce. A droga estava embutida nos frutos de forma artesanal, numa tentativa de enganar a fiscalização e garantir a entrega ao preso.
Após a descoberta, a mulher recebeu voz de prisão e foi conduzida à delegacia, onde foi autuada por tráfico de drogas e tentativa de introdução de entorpecentes em presídio, crime previsto no artigo 349-A do Código Penal Brasileiro. O caso foi encaminhado à Polícia Civil, que dará prosseguimento às investigações para apurar se há outros envolvidos no esquema.
O marido da suspeita, que seria o destinatário da droga, também será investigado e poderá sofrer sanções administrativas e criminais dentro do sistema penitenciário.
As autoridades destacam que a vigilância em presídios é rigorosa justamente para coibir tentativas como essa. Casos semelhantes já ocorreram, mas a criatividade usada para esconder os entorpecentes sempre surpreende. A direção do presídio reforçou que continuará adotando medidas rígidas durante as revistas, inclusive com apoio de equipamentos e cães farejadores.
A mulher permanece à disposição da Justiça, e os “morangos do amor” recheados agora fazem parte de mais um episódio bizarro no combate ao tráfico dentro das cadeias brasileiras.