Um caso chocante de violência contra a mulher revoltou moradores de Natal (RN) e gerou forte comoção nas redes sociais. O agressor, identificado como Igor Eduardo Pereira Cabral, foi flagrado pelas câmeras de segurança do elevador de um condomínio localizado em Ponta Negra, zona Sul da capital potiguar, agredindo brutalmente sua companheira, Juliana Garcia dos Santos, de 35 anos.
Nas imagens, amplamente divulgadas, Igor desfere mais de 60 socos no rosto da vítima, que não teve qualquer chance de defesa. Juliana ficou gravemente ferida, com fraturas múltiplas na face e mandíbula, precisando de atendimento médico emergencial.
A brutalidade do ataque gerou revolta imediata, e moradores do condomínio acionaram a polícia logo após o episódio. Igor foi preso em flagrante e conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.
Alegações polêmicas
Durante seu depoimento, o agressor alegou sofrer de autismo e justificou a violência afirmando que teve um “surto claustrofóbico” dentro do elevador, onde o crime ocorreu. Essa explicação, no entanto, foi rejeitada pela Justiça, que considerou as agressões deliberadas e incompatíveis com qualquer surto momentâneo.
Após audiência de custódia, foi decretada a prisão preventiva de Igor, que agora responderá indiciado por tentativa de feminicídio, conforme a legislação vigente. Segundo os autos, a agressão teve características de crime premeditado, com extrema violência e crueldade.
Reação da sociedade
O caso repercutiu fortemente em Natal e em todo o país, com milhares de internautas pedindo justiça por Juliana e cobrando medidas mais duras contra agressores. Movimentos de defesa dos direitos das mulheres se manifestaram, destacando que o uso de diagnósticos médicos como justificativa para atos violentos não pode ser tolerado.
Especialistas ouvidos por veículos locais destacaram que a alegação de autismo não exclui a responsabilidade penal do agressor e que surto claustrofóbico não justifica atos extremos como os que foram registrados.
Juliana permanece sob cuidados médicos e deve passar por cirurgias reconstrutivas nos próximos dias. O estado de saúde dela é considerado estável, mas o trauma psicológico e físico causado pela agressão deve demandar acompanhamento prolongado.
A Polícia Civil segue com as investigações e a sociedade clama por punição exemplar, para que casos como este não se repitam. A justiça agora tem a responsabilidade de garantir que esse crime brutal não fique impune.
