Em uma ação estratégica e altamente simbólica no cenário do comércio internacional, a China habilitou 183 novas empresas brasileiras a exportar café para o mercado chinês. A medida, que entrou em vigor no dia 30 de julho de 2025, foi anunciada oficialmente pela Embaixada da China no Brasil e terá validade de cinco anos, conforme revelado pelos portais timesbrasil.com.br e marketscreener.com.
O que torna essa decisão ainda mais relevante é o seu timing político e econômico. No mesmo dia em que a China anunciou a abertura do seu mercado para mais exportadores de café do Brasil, os Estados Unidos divulgaram uma nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, incluindo o café, medida que começará a valer a partir de 6 de agosto de 2025.
Ou seja, enquanto os EUA apertam o cerco tarifário contra o Brasil, a China adota uma postura de aproximação econômica, abrindo portas para o café brasileiro e claramente buscando fortalecer os laços comerciais com o maior produtor mundial do grão.
A resposta chinesa é vista por analistas como uma reação direta ao “tarifaço” americano, em um cenário crescente de tensões comerciais globais. A habilitação das empresas brasileiras pode significar novas oportunidades de mercado, num momento em que o Brasil enfrenta o risco de perder competitividade nos Estados Unidos, um dos seus principais parceiros comerciais.
A medida também indica que a China pretende ampliar seu protagonismo na compra de commodities brasileiras, ao passo que os EUA adotam uma postura mais protecionista. Para os exportadores do Brasil, o gesto chinês representa um alívio imediato e um sinal de que há alternativas viáveis ao mercado norte-americano.
📌 Resumo dos Acontecimentos:
Acontecimento | Data | Detalhes |
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Efeito da tarifa americana | 6 de agosto de 2025 | Tarifas de 50% passam a valer sobre o café brasileiro |
Autorização chinesa | 30 de julho de 2025 | China habilita 183 exportadoras brasileiras por até cinco anos |
Com essa movimentação, o Brasil ganha um fôlego no comércio exterior, enquanto a disputa tarifária entre China e EUA se intensifica, com reflexos diretos na economia brasileira.