Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (7) um aumento significativo na recompensa oferecida por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, acusado por Washington de envolvimento em crimes como narcotráfico internacional e corrupção.
O valor, que antes já era considerado alto, foi elevado para o equivalente a R$ 281 milhões (cerca de US$ 50 milhões), tornando-se uma das maiores recompensas da história oferecidas pelo governo norte-americano contra um líder político estrangeiro.
O Departamento de Estado dos EUA afirma que Maduro é peça central em um esquema de tráfico de drogas que teria envolvimento com o grupo guerrilheiro colombiano FARC, sendo acusado de facilitar o envio de toneladas de cocaína para território norte-americano ao longo dos últimos anos. Além disso, investigações apontam que o regime venezuelano estaria envolvido em práticas de lavagem de dinheiro, violações de direitos humanos e manipulação eleitoral.
A medida faz parte da política de pressão máxima que os Estados Unidos vêm adotando contra o governo de Maduro, considerado ilegítimo por Washington desde as eleições de 2018, que foram amplamente contestadas por observadores internacionais e por grande parte da comunidade internacional.
Além de Maduro, outros membros de alto escalão de seu governo e militares venezuelanos também estão na lista de procurados, com recompensas milionárias oferecidas por suas capturas.
Desde que assumiu o poder em 2013, após a morte de Hugo Chávez, Nicolás Maduro tem enfrentado forte crise econômica, política e social no país, marcada por hiperinflação, êxodo em massa de cidadãos e denúncias de repressão contra opositores.
Com o novo valor estipulado, autoridades norte-americanas esperam incentivar ainda mais a colaboração internacional e interna na Venezuela para localizar e capturar o presidente. Segundo especialistas, o aumento da recompensa é um claro sinal de que os Estados Unidos não pretendem recuar em sua ofensiva contra o regime chavista e que a pressão diplomática e econômica deve se intensificar nos próximos meses.