O ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), estaria cogitando deixar a Corte antes do prazo legal de sua aposentadoria compulsória, prevista para quando completar 75 anos. A possibilidade ganhou força após reportagens de veículos como Poder360 e CNN Brasil, que apontam para conversas reservadas nas quais o magistrado teria sinalizado a intenção de se aposentar logo após encerrar seu mandato na presidência, em setembro de 2025.
De acordo com o Poder360, Barroso tem demonstrado crescente frustração com o ambiente interno do STF, especialmente em razão da divisão entre ministros e da exposição pública causada por casos polêmicos conduzidos pelo colega Alexandre de Moraes. Em inquéritos de alta repercussão, Moraes tem sido alvo de críticas e ataques, o que também respinga sobre a imagem institucional da Corte e, por consequência, de seus integrantes.
Ainda segundo o portal, em conversas de bastidores, Barroso teria transmitido a impressão de que não descarta pedir aposentadoria antecipada, embora a decisão final ainda não esteja tomada.
A CNN Brasil reforça a informação, afirmando que o ministro vem “ponderando seriamente” essa possibilidade, mas sem “martelo batido”. A saída antecipada abriria uma vaga para indicação do presidente da República, o que poderia impactar diretamente o equilíbrio interno do STF e o cenário político nacional.
Por outro lado, informações divulgadas pelo site Brasil Paralelo apontam que o próprio Barroso negou publicamente qualquer intenção de se afastar antes do tempo. Em declarações oficiais, ele afirmou que pretende cumprir seu mandato até a aposentadoria compulsória, mas reconheceu que a pressão externa — e até mesmo interna — é um fator que não pode ser ignorado.
Contexto da possível saída
Barroso assumiu a presidência do STF em setembro de 2023 e, desde então, vem enfrentando um cenário de forte polarização política e intensa pressão sobre a Suprema Corte. A gestão tem sido marcada por debates sensíveis, como a defesa da democracia frente a ataques institucionais, julgamentos de grande repercussão social e embates diretos com setores do Legislativo e do Executivo.
Sua eventual saída antecipada não apenas surpreenderia o meio jurídico, mas também teria repercussões políticas relevantes, já que abriria espaço para uma nova indicação ao STF — decisão que costuma gerar disputas nos bastidores de Brasília.
Rumor ou decisão?
Embora as conversas nos bastidores apontem para a possibilidade real de aposentadoria antecipada, não há confirmação oficial. As fontes ressaltam que se trata de uma ponderação pessoal de Barroso, e não de um anúncio formal.
Assim, a informação é procedente, mas ainda não oficializada. Até que o próprio ministro se pronuncie de forma clara e definitiva, a possibilidade seguirá como um rumor — ainda que cada vez mais forte — nos corredores do Supremo.