Uma cena de cortar o coração e indignar o país foi registrada neste fim de semana em Santos, no litoral de São Paulo. A jovem Gabrielly Simões Silva, de apenas 21 anos, e sua filha de 1 ano, foram brutalmente assassinadas pelo próprio companheiro, o sargento do Exército Pedro Henrique, que, em seguida, tirou a própria vida.
O crime, que aconteceu dentro da residência da família, chocou até mesmo os policiais mais experientes. De acordo com o delegado João Octávio de Melo, a posição em que os corpos foram encontrados revela o instinto desesperado de proteção da mãe. Gabrielly estava abraçada à filha, como se tentasse, com o próprio corpo, salvar a criança da violência que se aproximava.
“Era como se ela quisesse proteger a menina até o último suspiro. Uma imagem que nunca vamos esquecer”, disse o delegado, visivelmente abalado.
Vizinhos relataram ter ouvido gritos momentos antes dos disparos. Em seguida, o silêncio tomou conta do local. “Parecia uma discussão intensa… depois, foram tiros. Quando vimos a polícia chegando, já sabíamos que algo muito grave tinha acontecido”, contou uma moradora, ainda em choque.
As primeiras investigações apontam que o sargento sofria crises de ciúmes e possuía histórico de comportamento agressivo, embora não houvesse registros formais de denúncias. A arma utilizada no crime seria a de uso pessoal do militar.
A tragédia, ocorrida justamente no Dia dos Pais, amplificou a comoção nas redes sociais. Centenas de mensagens de indignação e luto foram publicadas, destacando a covardia do ato e pedindo justiça para Gabrielly e sua filha.
Especialistas alertam que casos como este reforçam a necessidade urgente de políticas mais rígidas contra a violência doméstica, especialmente quando há crianças envolvidas. “É um crime que poderia ter sido evitado se sinais de alerta tivessem sido levados a sério”, afirma uma psicóloga consultada pela reportagem.
O velório das vítimas está previsto para ocorrer sob forte comoção popular, com familiares e amigos pedindo mais atenção das autoridades a casos de violência dentro de lares brasileiros.
Enquanto a cidade ainda tenta se recuperar do choque, a imagem de mãe e filha abraçadas, unidas até o último momento, se torna um símbolo trágico da luta contra a violência doméstica — e da urgência em impedir que histórias como essa se repitam.