influenciador Hytalo Santos, investigado desde 2024 por suspeita de exploração de crianças e adolescentes, agora é apenas parte de um inquérito mais amplo. O Ministério Público decidiu ampliar as investigações para incluir também os pais e responsáveis dos menores que aparecem nos vídeos produzidos pelo influenciador.
A promotoria apura se esses responsáveis “se omitiram na proteção dos filhos” ao permitir a participação das crianças nas gravações. Caso seja comprovado que houve negligência ou autorização para situações de exposição indevida, esses pais poderão responder judicialmente por eventuais danos morais, psicológicos ou de outra natureza causados aos menores envolvidos, conforme preveem as leis de proteção à infância e adolescência (Portal do Litoral PB, Notícia Paraíba).
O Conselho Tutelar de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, informou que enfrenta dificuldades para atuar no caso. Segundo o órgão, muitos pais teriam autorizado voluntariamente a presença dos filhos nos conteúdos gravados por Hytalo Santos. No entanto, mesmo com consentimento, as autoridades reforçam que essa autorização não exime a responsabilidade legal, especialmente se ficar provado que as crianças foram colocadas em situações impróprias ou prejudiciais (Portal do Litoral PB, Diamante Online).
O caso tem gerado repercussão na região e nas redes sociais, levantando debates sobre limites da exposição infantil na internet, responsabilidades parentais e fiscalização de conteúdos produzidos com a participação de menores. Especialistas alertam que, independentemente da popularidade ou do alcance dos vídeos, qualquer indício de exploração ou violação de direitos infantojuvenis deve ser tratado com rigor.
As investigações seguem em andamento, e tanto o influenciador quanto os pais citados serão chamados a prestar depoimento. O Ministério Público não descarta novas medidas judiciais à medida que surgirem novas provas.