Uma tarde de domingo (10) terminou em tragédia para a família da sargento da Marinha Juliana da Silva Oliveira Pessoa, de 37 anos. Grávida de quatro meses, ela foi baleada durante uma tentativa de assalto em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e permanece internada em estado gravíssimo. O caso gerou comoção e mobilizou familiares, amigos e colegas de farda, que agora pedem ajuda para salvar a vida da militar.
Segundo informações da Polícia Militar, equipes do 21º BPM (São João de Meriti) foram acionadas após a entrada de uma mulher baleada no Hospital da Mulher da cidade. Ao chegarem à unidade, encontraram Juliana sendo atendida de forma emergencial. Um acompanhante relatou que a vítima estava dentro de um carro com o companheiro quando criminosos anunciaram o assalto. Durante a ação, um disparo atingiu a militar, que foi socorrida às pressas.
Devido à gravidade dos ferimentos, Juliana foi transferida para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias. A Secretaria Municipal de Saúde informou que ela deu entrada na unidade entubada, com ferimentos graves na região pélvica e no membro inferior esquerdo. Exames apontaram um hematoma e o extravasamento da veia femoral, além de lesões em diversos ramos arteriais e venosos, provocando sangramento ativo.
A sargento passou por uma cirurgia vascular de emergência, que foi concluída sem intercorrências. Atualmente, ela está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI), sob sedação e aos cuidados de uma equipe multidisciplinar. Apesar do quadro crítico, os médicos ainda não indicaram a interrupção da gestação, que segue sendo acompanhada com atenção.
Em entrevista à TV Globo, a mãe da vítima revelou que, apesar da gravidade, Juliana apresentou pequenas evoluções no quadro clínico. Com a perda significativa de sangue, a família está fazendo um apelo à população para doações do tipo A+. As doações podem ser feitas no Hospital Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O crime reforça o clima de insegurança que assola a região. São João de Meriti e cidades vizinhas da Baixada Fluminense têm registrado um aumento nos casos de roubos e assaltos nos últimos meses, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). A Polícia Civil investiga o caso e realiza diligências para tentar identificar e prender os responsáveis pelo ataque.
Juliana é descrita por colegas como uma profissional dedicada e comprometida com a carreira militar. Sua situação sensibilizou não apenas a corporação, mas também cidadãos que se mobilizam nas redes sociais para incentivar as doações de sangue e prestar apoio à família.
Enquanto luta pela própria vida e pela vida do bebê, a sargento representa mais uma vítima da violência que atinge indiscriminadamente moradores e trabalhadores no Rio de Janeiro. A família mantém a esperança na recuperação e reforça o apelo: cada doação de sangue pode ser decisiva para que essa história tenha um desfecho positivo.