O bebê da sargento da Marinha Juliana da Silva Oliveira Pessoas, de 37 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu nesta terça-feira (12), no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A militar, que estava grávida de 24 semanas, foi atingida por tiros durante uma tentativa de assalto na noite de domingo (10), em São João de Meriti.
De acordo com informações iniciais, Juliana passava de carro pela região quando foi surpreendida por criminosos armados. O veículo teria sido alvejado diversas vezes. Um dos disparos atingiu a barriga da sargento, ferindo gravemente o bebê. A vítima foi socorrida às pressas para o HMAPN, onde passou por uma cirurgia de emergência para tentar salvar a criança.
Apesar dos esforços da equipe médica, o bebê não resistiu. A direção do hospital informou, em nota, que Juliana permanece em estado gravíssimo, sedada e respirando com ajuda de ventilação mecânica.
Quadro clínico e procedimentos
Segundo fontes do hospital, a sargento sofreu lesões internas severas. A bala teria comprometido órgãos vitais e provocado uma hemorragia significativa. A cirurgia conseguiu estabilizar parte do quadro, mas as complicações decorrentes da gestação interrompida e do trauma continuam a ameaçar a vida da paciente.
Juliana segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde recebe cuidados constantes de uma equipe formada por especialistas em cirurgia geral, obstetrícia e neurologia.
Investigação
A Polícia Civil investiga o caso como tentativa de latrocínio — roubo seguido de morte. Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) recolheram imagens de câmeras de segurança da região para tentar identificar os criminosos. Testemunhas estão sendo chamadas para prestar depoimento.
A Marinha do Brasil, em nota, lamentou profundamente o ocorrido, manifestando solidariedade aos familiares e oferecendo apoio psicológico e institucional à sargento.
Comoção e revolta
A morte do bebê gerou forte comoção entre familiares, amigos e colegas de farda de Juliana. Nas redes sociais, mensagens de apoio e orações se multiplicam. “Que Deus conforte os corações dos familiares e amigos”, escreveu um amigo próximo.
Moradores da Baixada Fluminense também expressaram indignação diante da violência recorrente na região. O caso reacende o debate sobre a insegurança nas vias que conectam os municípios e a urgência de ações efetivas para combater o crime organizado.
Juliana continua lutando pela vida, enquanto familiares aguardam, com fé e esperança, por sua recuperação.