O sargento da Polícia Militar Júlio César Garcia, de 44 anos, lotado no 41° BPM (Irajá), foi morto a tiros na tarde desta terça-feira (12) durante uma tentativa de assalto na Rua Aveiro, no bairro de Irajá, Zona Norte do Rio de Janeiro. O crime chocou moradores e colegas de farda, já que o militar estava fora de serviço e acabou sendo executado após os criminosos descobrirem sua profissão.
De acordo com informações da Polícia Civil, Júlio César dirigia uma BMW quando foi abordado por dois homens armados em uma moto. Os assaltantes o ameaçaram, dizendo: “Se for policial, vamos matar.” Testemunhas afirmam que, ao perceberem que a vítima era um PM, os criminosos não hesitaram em abrir fogo.
Imagens de câmeras de segurança instaladas na região mostram o momento da abordagem. É possível ver os assaltantes cercando o veículo, apontando armas e disparando cinco vezes contra o sargento, que tentou se proteger, mas não teve tempo de reagir. Os tiros atingiram a boca e o peito da vítima.
O militar foi socorrido e levado ao Pronto Atendimento Municipal de Irajá, mas devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferido para o Hospital Getúlio Vargas, onde morreu durante o trajeto.
A morte de Júlio César deixou familiares devastados. Sua irmã, a publicitária Júlia Rodrigues, publicou um desabafo emocionante nas redes sociais:
“Eu nunca pensei que fosse perder você. Você foi meu herói, meu melhor amigo, meu cúmplice e o único que me entendia. Arrancaram um pedaço de mim. Arrancaram o melhor de mim.”
Júlio César Garcia serviu à Polícia Militar por 13 anos, atuando em operações e patrulhamentos em áreas de alto risco na Zona Norte. Segundo colegas, ele era conhecido pela dedicação ao trabalho e pelo cuidado com a família.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu o caso e já está analisando as imagens para tentar identificar os autores. Agentes investigam se o crime foi motivado unicamente pela tentativa de roubo ou se houve algum tipo de emboscada.
Até o momento, ninguém foi preso. O clima na corporação é de luto e revolta, enquanto moradores do Irajá temem novos episódios de violência na região.