Nesta quarta-feira, 13 de agosto de 2025, o ministro Edson Fachin foi eleito presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) para um mandato de dois anos. A votação ocorreu durante sessão no plenário da Corte e, conforme a tradição, seguiu o critério de antiguidade: o ministro mais antigo que ainda não presidiu assume o comando, enquanto o segundo mais antigo ocupa a vice-presidência. Assim, o cargo de vice-presidente será exercido pelo ministro Alexandre de Moraes. A posse está marcada para o dia 29 de setembro de 2025.
A eleição foi simbólica, sem disputa direta, refletindo a prática consolidada no STF. Fachin sucederá o ministro Luís Roberto Barroso, que encerra seu mandato após dois anos à frente da Corte. Em seu discurso de despedida, Barroso fez questão de destacar a competência e o caráter do novo presidente:
“O país tem sorte de ter um ministro com essa qualidade moral e intelectual à frente da Corte.”
O novo presidente do STF agradeceu a confiança dos colegas e enfatizou que sua gestão será pautada pela colegialidade e pelo diálogo.
“Reitero a honra de integrar essa Corte. Recebo [a eleição] no sentido de missão e com a consciência de um dever a cumprir.” — declarou Fachin.
Alexandre de Moraes, futuro vice-presidente, também se pronunciou, lembrando experiências anteriores de trabalho conjunto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE):
“É uma grande honra e alegria de novamente poder ser o vice-presidente do ministro Edson Fachin, com quem já trabalhei no TSE.”
A sucessão no STF acontece em um momento de intensos debates jurídicos e políticos no país, o que coloca sobre Fachin a responsabilidade de conduzir a Corte com equilíbrio e firmeza. Conhecido por suas decisões firmes e posicionamentos técnicos, o novo presidente terá pela frente temas de grande relevância nacional, incluindo julgamentos sobre o processo eleitoral, questões constitucionais e a defesa das instituições democráticas.
A cerimônia de posse, marcada para setembro, reunirá autoridades dos Três Poderes e deverá simbolizar a continuidade da missão do STF de garantir a aplicação da Constituição e proteger os direitos fundamentais. Com a dupla Fachin e Moraes no comando, espera-se uma atuação alinhada, firme e com foco na estabilidade institucional.
Com essa transição, o Supremo Tribunal Federal mantém sua tradição de alternância baseada na antiguidade, reforçando a importância da experiência e da confiança mútua entre os ministros para a condução da mais alta instância do Judiciário brasileiro.