Aos 36 anos, Ana Akiva, ex-pastora de uma igreja no interior de São Paulo, decidiu mudar radicalmente de vida. Após anos dedicados à religião e a obras sociais, ela agora investe na carreira de modelo e produz conteúdo adulto na plataforma OnlyFans, decisão que, segundo ela, não contraria sua fé em Deus.
A mudança começou após seu divórcio. Ana foi casada com um pastor, mas relata que a relação era marcada por restrições e humilhações. Segundo ela, o ex-marido a proibia de trabalhar fora, ter amizades e expressar opiniões. “Ele me chamava de lixo e chegava a cuspir na minha cara”, afirmou. Para Ana, esse período foi um dos mais difíceis de sua vida. “Perdoava tudo achando que era minha obrigação de submissão e silêncio”, contou.
Com o fim do casamento, ela retomou antigos sonhos e a carreira de modelo. No passado, já havia participado do concurso Miss Bumbum, mas a vida religiosa a fez abandonar essa trajetória. Livre das imposições do ex-marido e distante da igreja, ela encontrou no OnlyFans uma nova forma de independência financeira e liberdade pessoal. “Não tem pecado nisso”, declarou.
Além da vida pessoal conturbada, Ana aponta críticas ao ambiente religioso. Segundo ela, encontrou “muito sofrimento e hipocrisia” dentro da igreja. Afirma que viu abusadores se esconderem atrás da fé e percebeu corrupção no meio religioso. “Era pior que o mundo secular”, disse. Essas experiências contribuíram para sua decisão de abandonar o título de pastora.
Apesar da nova fase, Ana garante que não perdeu a fé. Ela continua acreditando em Deus e mantém uma vida espiritual, mas, por respeito a Ele, decidiu se afastar da liderança e da função pastoral. “Produzir conteúdo sensual não me diminui como filha de Deus. Apenas entendi que minha jornada agora é outra”, explicou.
Hoje, Ana afirma estar mais feliz e independente. Para ela, o OnlyFans representa uma oportunidade de viver de forma autêntica, sem as amarras que a sufocaram no passado. “Não quero mais viver para agradar expectativas religiosas ou sociais. Quero viver para ser eu mesma”, concluiu.
O caso de Ana Akiva reacende debates sobre liberdade individual, preconceito e a relação entre fé e escolhas pessoais, mostrando que, para alguns, a espiritualidade pode caminhar fora dos padrões tradicionais.
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