O Brasil foi sacudido por uma notícia devastadora que expõe, mais uma vez, o lado mais sombrio das redes sociais. Brenda Sophia Melo de Santana, de apenas 11 anos, perdeu a vida de forma trágica após participar de um suposto “desafio do desodorante” — uma tendência absurda que incentiva crianças e adolescentes a inalar aerossol até perderem a consciência.
O caso, que ocorreu em Bom Jardim, Pernambuco, e não em Cruz do Espírito Santo (PB) como circulou em alguns boatos, chocou a comunidade local e levantou uma onda de indignação em todo o país. Familiares relataram que Brenda, influenciada por vídeos compartilhados nas redes, resolveu testar a “brincadeira” mortal dentro de casa. Em poucos minutos, o que parecia um ato sem importância se transformou em uma corrida contra o tempo para tentar salvá-la.
Levando em consideração a gravidade da situação, a Polícia Civil abriu inquérito e classificou o episódio como “morte a esclarecer”, aguardando laudos periciais para definir com precisão a causa do óbito. Enquanto isso, especialistas em saúde mental e segurança digital reforçam que desafios desse tipo não são apenas imprudentes — são potencialmente fatais.
O alerta não é novo: desde 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu, na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), a categoria “jogos perigosos” (hazardous games). Segundo a definição, trata-se de atividades — online ou offline — que expõem os participantes a riscos sérios e imediatos à saúde física ou mental, podendo resultar em hospitalizações e até mortes. Entre os exemplos citados estão desafios de asfixia, ingestão de substâncias tóxicas e comportamentos de alto risco motivados por popularidade virtual.
Essa tragédia levanta uma pergunta urgente: até quando famílias vão assistir, impotentes, à influência mortal de tendências virais? Plataformas digitais afirmam que combatem esse tipo de conteúdo, mas a realidade mostra que vídeos incentivando práticas perigosas continuam circulando livremente, alcançando milhares de jovens vulneráveis.
A morte de Brenda não pode ser apenas mais uma estatística. É um chamado à ação para pais, educadores e autoridades. Supervisão, diálogo e educação digital são armas essenciais para proteger crianças de um ambiente virtual onde, muitas vezes, a busca por “likes” vale mais que a própria vida.
⚠️ O caso serve como alerta brutal: o perigo pode estar a apenas um clique de distância — e, quando percebemos, já pode ser tarde demais.