A Polícia Civil prendeu, nesta semana, Amanda Couto, de 23 anos, em sua residência no bairro Nova Campinas, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A jovem é suspeita de aplicar o golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela” contra dois turistas britânicos que estavam no Rio de Janeiro.
Segundo as investigações, Amanda teria conhecido as vítimas em um bar na Lapa, região central da cidade famosa pela vida noturna. A suspeita, junto de uma comparsa ainda não identificada, se aproximou dos estrangeiros e os acompanhou até um local privado. Em determinado momento, elas ofereceram bebidas adulteradas, que rapidamente deixaram os homens inconscientes.
Com as vítimas desacordadas, Amanda e a comparsa teriam roubado pertences de alto valor, incluindo celulares de última geração. O prejuízo estimado foi de aproximadamente R$ 116 mil, já que os aparelhos estavam vinculados a contas bancárias e aplicativos financeiros, o que permitiu às criminosas movimentar valores e realizar transações fraudulentas.
De acordo com a Polícia, os turistas procuraram ajuda ao recobrar os sentidos e registraram ocorrência ainda durante a viagem. A investigação avançou com base em imagens de câmeras de segurança e na análise dos dispositivos rastreados. Os agentes chegaram até Amanda após cruzarem dados de geolocalização e movimentações suspeitas nos aparelhos.
A prisão da jovem foi cumprida de forma tranquila, em sua residência, onde os policiais também apreenderam objetos que podem ter relação com o crime. Agora, a Polícia Civil segue em busca da segunda envolvida, que já foi identificada, mas ainda está foragida.
O caso chama atenção por se tratar de um golpe recorrente no Rio de Janeiro, principalmente em regiões turísticas como a Lapa, Copacabana e Ipanema. O “Boa Noite, Cinderela” é considerado um crime grave, pois coloca em risco a vida das vítimas, que ficam vulneráveis não apenas ao roubo, mas também a agressões físicas e abusos.
As autoridades reforçam o alerta para que turistas e moradores redobrem a atenção em bares e casas noturnas, evitando aceitar bebidas de desconhecidos. A prisão de Amanda representa um avanço no combate a esse tipo de crime, mas a Polícia reconhece que a prática ainda é comum e precisa ser combatida com rigor.
A jovem permanece presa à disposição da Justiça e poderá responder por crimes de roubo qualificado, associação criminosa e lesão corporal, diante da gravidade da conduta.