O caso que chocou moradores de São Paulo ganhou novos desdobramentos nesta semana. Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, confessou ter cortado as patas de um cavalo, mas negou ter causado a morte do animal. Em depoimento, o jovem afirmou que a mutilação ocorreu somente após o cavalo já estar sem vida. A declaração, no entanto, não convenceu totalmente as autoridades e tampouco a população, que segue revoltada com a brutalidade do episódio.
Segundo informações da Polícia Civil, o crime ocorreu em uma área rural da cidade, quando populares encontraram o corpo do animal em condições degradantes. A repercussão foi imediata, e imagens que circulam nas redes sociais geraram forte indignação, levantando debates sobre maus-tratos, crueldade contra animais e a necessidade de punições mais severas.
Em sua defesa, Andrey declarou: “Não sou um monstro. Quando cheguei, o cavalo já estava morto. Eu não tirei a vida dele”. O jovem alegou ainda que os cortes foram feitos por curiosidade e sem a intenção de causar sofrimento ao animal. No entanto, a versão está sendo contestada, e uma nova perícia foi solicitada para esclarecer as circunstâncias exatas da morte e da mutilação.
O delegado responsável pelo caso informou que a investigação busca determinar se o cavalo realmente já havia falecido antes da ação de Andrey ou se ele foi morto de forma cruel. Caso seja confirmada a prática de maus-tratos, o suspeito poderá responder criminalmente, enfrentando até pena de prisão, conforme previsto na Lei de Crimes Ambientais.
A população local, assim como ativistas de defesa animal, exige justiça e pede que o caso não caia no esquecimento. Organizações ligadas à proteção de animais reforçam que crimes dessa natureza precisam ser tratados com seriedade, para que não haja sensação de impunidade.
O episódio reacende a discussão sobre a vulnerabilidade dos animais em áreas rurais e urbanas, onde muitas vezes são vítimas de abandono, negligência e violência. O desfecho da nova perícia será determinante para a responsabilização do jovem e para trazer mais clareza a um caso que, até o momento, segue cercado de controvérsias.
Enquanto isso, a frase de defesa de Andrey — “Não sou um monstro” — ecoa de forma contraditória diante das imagens que continuam circulando e alimentando a revolta popular.