A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que a morte de Andressa de Oliveira Almeida Rosa Cesário, de apenas 24 anos, foi caracterizada como feminicídio. A jovem foi baleada durante uma festa na comunidade de Inhoaíba, zona oeste da capital, na noite desta segunda-feira (18). O autor dos disparos, segundo as investigações, é um miliciano com quem Andressa mantinha um relacionamento conturbado.
Testemunhas relataram que a vítima já vinha sofrendo agressões e ameaças constantes. Andressa chegou a procurar a polícia em busca de proteção, mas acabou sendo coagida a retomar o relacionamento, mesmo diante do risco iminente que corria. Na noite do crime, o acusado disparou contra a jovem em meio a dezenas de pessoas.
Andressa ainda foi socorrida e encaminhada ao Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande, mas não resistiu aos ferimentos. O caso gerou forte comoção entre familiares, amigos e moradores da região, que exigem justiça e mais medidas de proteção às mulheres vítimas de violência.
De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o crime será tratado com prioridade. A polícia busca localizar o autor dos disparos, que fugiu logo após cometer o assassinato. “Trata-se de um caso típico de feminicídio, com histórico de violência e ameaças. A vítima tentou buscar ajuda, mas não conseguiu romper o ciclo de abusos”, destacou um investigador.
O corpo de Andressa será sepultado nesta quarta-feira (20), no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência. Amigos organizam uma manifestação silenciosa no local, pedindo o fim da impunidade e mais rigor no combate à violência contra a mulher.
Este crime expõe novamente a vulnerabilidade de mulheres em relacionamentos abusivos e a necessidade urgente de fortalecer políticas públicas de proteção e acolhimento.