A Zona Oeste do Rio de Janeiro voltou a ser palco de uma noite sangrenta e de guerra entre criminosos. O homem identificado como Erlan Oliveira de Araújo, acusado de participar da ousada invasão ao Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na madrugada da última quinta-feira (18), foi encontrado morto no fim da noite desta sexta-feira (19). O crime expõe o grau de brutalidade e a estratégia cruel adotada pela milícia, que decidiu executar um dos seus próprios integrantes para tentar evitar que a polícia chegasse ainda mais fundo nas investigações.
De acordo com a Polícia Civil, Erlan teria sido “sacrificado” por ordem direta dos líderes da organização criminosa. A motivação: impedir que o miliciano fosse preso e acabasse entregando detalhes comprometedores sobre o grupo. A execução foi rápida, fria e calculada. Testemunhas relatam que o corpo foi encontrado em uma área erma, com marcas claras de tiros à queima-roupa — sinal de que não houve chance de defesa.
O secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, confirmou a linha de investigação.
“A Polícia Civil já havia identificado o criminoso. As diligências da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Baixada Fluminense (DRE-BF) estavam no encalço do grupo, que, diante da iminência da prisão, decidiu executar um de seus integrantes, na tentativa de evitar um confronto com a polícia”, declarou.
Esse crime mostra o nível de desespero e paranoia dentro da milícia. Erlan, que até então fazia parte da engrenagem criminosa, passou de comparsa a alvo em questão de horas. A mensagem enviada pelos líderes é clara: quem virar ameaça, será eliminado sem piedade.
🚔 Relembre a invasão ao Hospital Pedro II
Na madrugada de quinta-feira, homens armados invadiram o Hospital Pedro II, em uma ação cinematográfica que deixou pacientes e funcionários em pânico. O objetivo era resgatar o miliciano Lucas Fernandes, o “Japa”, que havia sido baleado em outro atentado e estava internado sob escolta policial. A tentativa de resgate fracassou, mas escancarou a ousadia do grupo, que não hesita em desafiar o Estado em plena unidade de saúde.
A participação de Erlan na invasão teria sido crucial. Ele estaria entre os criminosos que abriram caminho para os comparsas, mas, com o cerco da polícia se fechando, acabou marcado para morrer.
🔥 Zona Oeste em chamas
A execução de Erlan acende ainda mais o alerta na Zona Oeste, já tomada por uma guerra interna da milícia. As ruas de Santa Cruz, Campo Grande e Paciência viraram um barril de pólvora, onde cada esquina pode ser palco do próximo ataque.
Moradores relatam medo constante e descrevem a sensação de estarem abandonados pelo poder público. Enquanto isso, a polícia corre contra o tempo para tentar prender os líderes do grupo antes que novos “sacrifícios” ocorram.
A morte de Erlan deixa claro: na lógica implacável do crime organizado, a vida de cada integrante vale menos que o silêncio absoluto diante da polícia.
👉 A pergunta que fica é: quem será o próximo alvo dessa guerra sem fim na Zona Oeste do Rio?